PEITO FALSO (part. WIU e MC Rodrigo do CN)

Relações superficiais e ostentação em “PEITO FALSO”

“PEITO FALSO (part. WIU e MC Rodrigo do CN)”, de Arthurzim, explora o universo do funk ostentação, usando o termo “peito falso” tanto como referência direta a implantes mamários quanto como metáfora para relações superficiais e interesses materiais. O verso “Mesmo assim não nego de chupar teus peito falso” evidencia essa dualidade: mesmo reconhecendo a artificialidade, o desejo e o prazer continuam sendo prioridades, sem julgamentos morais.

A letra gira em torno de uma troca de interesses. De um lado, mulheres buscam status, dinheiro e experiências luxuosas, como em “Ela prefere o jet do que uma flor” e “600 cavalos e viagem pra França”. Do outro, homens ostentam poder, carros e armas, mas evitam envolvimento emocional, como mostram “Vou chutar o balde que se foda o amor” e “Sem sentimento nessa bandida é pau”. O refrão e trechos como “sarrar na onda do lança” e “after lá no QG” reforçam o clima de festa, hedonismo e desapego. O contexto do funk brasileiro aparece em expressões diretas e explícitas, como “joga a buceta pros pivete de fortal” e “desentoca essa xereca pra sentar pra nóis”, que escancaram a objetificação e a busca pelo prazer imediato, sem espaço para romantismo ou compromisso.

O tom da música é despojado e irônico, mostrando que homens e mulheres participam igualmente desse jogo de interesses e prazeres. A ênfase em marcas, carros de luxo e viagens internacionais reforça a ideia de que, nesse cenário, o valor das pessoas é medido pelo que podem proporcionar materialmente. “PEITO FALSO” retrata de forma direta relações marcadas por ostentação, desejo e superficialidade, onde sentimentos são descartáveis e tudo gira em torno do prazer e do status.