Béton Brut
Spectral lines all ranked up
On the cosmic bathroom countertop
Bloodshot eyes in a cracked mirror
In the silence of a throbbing city club and the void
When I couldn’t see the stars
I stopped dreaming of space
Always keep the beaten path
Always keep a straight face
This year’s galvanised me
But zinc’s a drab-as limbo as any
Trading one grey for another
The music of the spheres spun
In colours I had never dreamed of
I would be lustrous, I’d be rusting in lust
I would be wretched. I would be loved
Leaving home
Muscles knot my aching shoulder bones
Wash out my veins with the acetone
I wasn’t born in fear
There’s no self-loathing in my genes
But from when I could hear
I heard the hereditary; the poison of misogyny
An amateur wavering, thrust traversing
The tripwire of masculinity
Dance, hummingbird! Can you dance?
I had learned the steps before I could walk
I had learned silence before I could talk
Where are you, Orion?
Into what abyss goes your hunt?
To black depths I condemn ye
And raise up to the heavens new stars
Stare into that void all you like
It won’t meet your gaze
When you can’t see the stars
You stop dreaming of space
Concreto Brutal
Linhas espectrais todas alinhadas
Na pia cósmica do banheiro
Olhos vermelhos em um espelho quebrado
No silêncio de um clube pulsante e no vazio
Quando eu não conseguia ver as estrelas
Eu parei de sonhar com o espaço
Sempre siga o caminho já trilhado
Sempre mantenha uma expressão neutra
Este ano me galvanizou
Mas o zinco é tão sem graça quanto o limbo
Trocando um cinza por outro
A música das esferas girava
Em cores que eu nunca sonhei
Eu seria brilhante, eu estaria enferrujando em desejo
Eu seria miserável. Eu seria amado
Deixando casa
Músculos travam meus ombros doloridos
Lave minhas veias com acetona
Eu não nasci com medo
Não há auto-ódio nos meus genes
Mas desde que eu pude ouvir
Eu ouvi o hereditário; o veneno do machismo
Um amador vacilante, impulso atravessando
O fio desencapado da masculinidade
Dance, beija-flor! Você consegue dançar?
Eu aprendi os passos antes de conseguir andar
Eu aprendi o silêncio antes de conseguir falar
Onde você está, Órion?
Para que abismo vai sua caça?
A profundezas negras eu te condeno
E elevo ao céu novas estrelas
Encare esse vazio à vontade
Ele não vai corresponder ao seu olhar
Quando você não consegue ver as estrelas
Você para de sonhar com o espaço