Lupus

Lobo

Enquanto o frio vem pra me pegar
Eu respiro o ar e sinto seu aroma doce,
E eu deveria assombrar seus próprios vestíbulos
E pairar como a fumaça sobre Tecoma,
Se eu pudesse mergulhar minhas mãos nas raízes das suas árvores mais altas,
E era tudo que eu sempre fiz...
Nunca comer na mão, nunca implorar, nunca ficar em pé sobre dois pés.

Vejo que sua memória está faminta e sinto seu passado, isso não desperta apetite,
Eu embaço o riacho com meu vapor, os peixes gritam, as lírios sonham meus olhos de negro,
Se eu pudesse cravar meus dentes nos sonhos de pessoas comuns,
E era tudo que eu sempre fiz...
Nunca comer na mão, nunca implorar, nunca ficar em pé sobre dois pés.

Agora o fogo veio pra colher, eu preciso te tirar do seu sono e falar o ferro nos meus dentes e vontade,
Eu tenho uma memória de alma, de mão confiável, de sangue entrelaçado
Eu tenho meu passo lá no topo da colina
Se eu pudesse amarrar meu traseiro na carroça dos suspiros que você se envolve,
E era tudo que eu sempre fiz...
Nunca comer na mão, nunca implorar, nunca ficar em pé sobre dois pés.