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O Homem Arvoredo

Augusto Jatobá

Letra

    Desceu a serra, na solidão.
    E em plena terra, parou num trecho.
    Curvou as pernas, beijou o seixo.
    Depois ergueu-se, olhou pro céu.
    Agradeceu a seu irmão.
    Depois ergueu-se, olhou pro céu.
    Agradeceu a seu irmão.

    Tanta emoção, ao sol os convieu.
    No fim da tarde do seu sertão.
    Pra seu consolo calou o sereno.
    E tão pequeno plantou-se ao solo.
    Sentido dó seu próprio peito.
    De tão desfeito de tanto amor.
    Aos seus leais, grãos e sementes caroços germes.
    Dos cereais.
    E assim então, abriu-se o chão.
    Tal como aos grãos, cobriu seus pés.

    Como fosse um vegetal.
    Nasceram raízes.
    Todos lá no matagal.
    Ficaram felizes.
    Suas pernas tronco, como o tronco do carvalho
    Fortes braços galhos, e as suas mãos folhagens.
    Cada vez mais cego se entregava ao vento.
    e com tanto afago como quem se adentro
    Vendo seu trabalho, já não tinha medo
    E em plena harmonia.
    Com a mata fria.
    Foi se transformando num grande arvoredo

    E no coração da mata não
    Carece invoca então seu nome
    Pra nosso maior sossego irmão
    Bate o coração do homem

    E no coração da mata não
    Carece invoca então seu nome
    Pra nosso maior sossego irmão
    Bate o coração do homem
    Bate o coração do homem
    Bate o coração do homem


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