Métropole Sous La Pluie
Métropole sous la pluie
Laisse couler son maquillage sur l’asphalte
Du taxi j’observe le dernier
Feu d’artifice se noyer
Le boulevard sous la pluie
Va laisser fondre ses ennuis sur l’asphalte
Une ex-gothique cherche blanche neige
À pas d’heure dans un démeublé
Pas d’heure encore le démeublé
Une vieille copine écoute marcel déchiré
Qui déclare ouverte sa relation
Cherche à meubler conversation
Plus tard assis sur la moquette
Marcel-blanche-neige écoute une grande fille extrême
Elle voudrait bien lui expliquer
Qu’elle se fout bien des préjugés
Qu’enfin son corps est un canevas
Qu’elle doit souiller c’est une démarche comme une autre
Pour parvenir à retrouver
Quelque chose mais j’ai oublié
Le boulevard dans le rétro
Laisse couler son maquillage sur l’asphalte
Miroir et clin d’œil sulfureux
De cléopâtre en signe d’adieu
Un autre aftère, chez qui encore
Coupes de plastique jusqu’à l’aurore
Est-il temps de rentrer chez moi
Amant cocu d’une métropole
Vient d’être avalé par la banquette arrière
Du taxi j’observe le dernier
Feu d’artifice se noyer
Métropole sous la pluie
Est emportée par les rivières de goudron
Demain il ne restera rien
Que des taches d’huile sur l’asphalte
Des moisissures ça et là
Quand la ville aura tout pleuré
Metropolis Under The Rain
Metrópolis na chuva
Deixe sua maquiagem fluir no asfalto
Do táxi eu assisto a última
Fogos de artifício que se afogam
O bulevar na chuva
Will deixará derreter seus problemas no asfalto
Uma ex-gótico que procura neve branca
Em nenhum momento em uma demo
Ainda não há tempo sem mobília
Uma velha namorada está ouvindo marcel rasgado
Quem declara abrir seu relacionamento
Procurando conversar
Mais tarde sentado no tapete
Marcel-blanche-neige escuta uma menina alta e extrema
Ela gostaria de lhe explicar
Que ela não se preocupa com os preconceitos
Que, finalmente, seu corpo é uma tela
Que deve ser uma abordagem como qualquer outra
Para encontrar
Algo, mas eu esqueci
O boulevard no retro
Deixe sua maquiagem fluir no asfalto
Espelho e relâmpago sulfuroso
Cleópatra como sinal de despedida
Outro aftère, a quem novamente
Copos de plástico até o amanhecer
É hora de ir para casa
Cuckold amante de uma metrópole
Apenas engolido pelo banco de trás
Do táxi eu assisto a última
Fogos de artifício que se afogam
Metrópolis na chuva
É varrido pelos rios de alcatrão
Amanhã não haverá mais nada
Que as manchas de óleo no asfalto
Moldes aqui e ali
Quando a cidade vai ter chorado