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Lamento de Um Rio

Avaré e Jataí

Letra

    Sentado em sua margem
    Às tardes fico olhando
    As suas águas barrentas
    Na minha frente passando
    Toda cheia de impurezas
    A vida vai devorando
    Chega a causar arrepio
    É o lamento do rio
    Este gigante chorando

    Relembro do seu passado
    Aqui tudo era alegria
    Suas águas cristalinas
    Que o fundo do leito via
    O seu cardume de peixes
    E os seres que ali viviam
    As mais belas corredeiras
    O ronco das cachoeiras
    Que barulhão que fazia

    O ronco acima é chuva
    O ronco abaixo é estiagem
    O movimento das águas
    Formava bela imagem
    A mata ao lado dos rios
    Dando sinal de coragem
    Tão forte lhe protegia
    Dos enxurros que descia
    Com sua fúria selvagem

    O homem acaba com tudo
    A floresta desmatou
    Tocou fogo, fez coivaras
    E todo o solo arou
    Pôs adubo, inseticida
    Natureza revoltou
    Com tanta poluição
    Da cidade e do sertão
    Por isso tudo mudou

    Nascente com pouca água
    Nas pedras perambuleia
    Aves voando assustadas
    Parece que em terra alheia
    Aqui é só um vermelhão
    Cinzento cheio de areia
    Proteja a pátria querida
    A água é um dom da vida
    Que a humanidade anseia


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