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Anacoreta

Azul Turquesa

Letra

    Enquanto vivo em solitude
    Eu me sinto cada vez mais
    Presa a tua vaga quietude
    Refém do teu amor fugaz

    O tempo que aqui não corre
    Causa o ponteiro do relógio
    Pilha nossas almas para o norte
    Imaculado amor simplório

    No céu azul eu vejo estrelas
    Na luz das estrelas eu vejo a nós
    No amor diurno tua fraqueza
    Lá no infinito estamos as sós

    Em meio as ondas, me seduz
    Em ti que encontrei a farta luz
    Vencida à própria solidão
    Taciturna estendes tuas mãos

    Desde que você me deixou
    Memórias não são mais que cinzas
    O tempo aqui jamais passou
    Viver é lembrar dores extintas

    O ponteiro que aqui não corre
    Lá foge do vão de emoções
    Lá nos astros projeto meus cortes
    O planeta e suas rotações

    O medo que me afaga o peito
    Caprichosa última esperança
    Sofrimento, caminho estreito
    Espera póstuma, ode aliança

    Meu amor alegre me comove
    Sinto nostalgia na dor
    Ao me injetarem remédios às nove
    Sem me pedirem por favor

    Eles chamam de esquizofrênicas
    Por tudo que passamos juntas
    Com tais bobagens acadêmicas
    E suas religiões imundas

    Nossa história não acabou
    Sei que você não me esqueceu
    Você sempre, sempre me amou
    Estar só sempre me doeu

    Desde que você me deixou
    Os dias não têm as mesmas cores
    O canto do galo se calou
    As comidas não tem sabores

    O ponteiro que aqui não corre
    Lá foge do vão de emoções
    Lá nos astros projeto meus cortes
    O planeta e suas rotações

    O medo que me afaga o peito
    Caprichosa última esperança
    Sofrimento, caminho estreito
    Espera póstuma, ode aliança

    Eu até me recordo das noites
    De quando ficávamos as sós
    Fugindo, com medo do açoite
    Mas eu amava ouvir tua voz

    Daquele tempo de magias
    De quando estávamos sedadas
    Pelo céu que reluzia
    O violeta em nossas estradas

    Mas por que tudo isso acabou?
    Se em nenhuma ferida pisamos
    Desde quando o padre chegou
    Tal amor não mais encontramos

    Tantas vezes tentei fugir
    Quantas vezes sonhei escapar

    Lá no fundo escondo uma martir

    Não pertenço a este lugar

    Lá no fundo escondo uma martir
    Não pertenço a este lugar

    O ponteiro que aqui não corre
    Lá foge do vão de emoções
    Lá nos astros projeto meus cortes
    O planeta e suas rotações

    O medo que me afaga o peito
    Caprichosa última esperança
    Sofrimento, caminho estreito
    Espera póstuma, ode aliança

    Composição: Mailton Olinto de Oliveira Lemos. Essa informação está errada? Nos avise.

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