NASA

Imagino como sientes por quien sientes
Porque yo siento como siento por quien no debo sentir
Un revulsivo que prendía mi autoestima
Una llama encendida, un calor irremplazable

Productos del deseo insoportable
Desinhibición y las ganas cuando arde
La adrenalina, feromonas y el desastre
Un amor sin roce que así nace

Que otra dama ha desplegado sus alas
Emigrando a tu boca, a tu pecho, a tu espalda, a sus anchas
A escondidas de los llantos de mis ruinas
Destruyendo lo que encontraba a su alcance

Mi piel se ha vuelto gruesa
En mis ojos escampa
De todo, saldré ilesa
Cómo te brillan los ojos con esa
Se percatan en la NASA

Que no lo buscas, pero no lo evitas
Y se te planta delante, subyace
Para erizarte la dermis
Sin palparte, te busca las cosquillas
Surcando como cordilleras todas tus costillas

Atravesando sin retorno los terrenos fanganosos
Pasos en falso
Por arenas movedizas, que le muestran a tu cora'
La más transparente verdad, pura y concisa

Una cruda realidad masoquista a la que te prestas
Porque no puedes pasar otra noche de estas
Sin que te arrope y te guarde
De la falta de cariño que tu cuerpo manifiesta

Que otra dama ha desplegado sus alas
Emigrando a tu boca, a tu pecho, a tu espalda, a sus anchas
A escondidas de los llantos de mis ruinas
Destruyendo lo que encontraba a su alcance

Mi piel se ha vuelto gruesa
En mis ojos escampa
De todo, saldré ilesa
Cómo te brillan los ojos con esa
Se percatan en la NASA

Mantuviste mi chaleco de peligro fuera
De balas a prueba
Hasta que de la noche a la mañana
Llega el tiro inesperado

Acaba hundiendo el tejido
Y haciendo la mella
Dejando la huella
Y cómo escuece al caer, cómo quema

Un alma carbonizada tirada en la arena
A media hasta una bandera
En la orilla de una playa virgen
¿Y a quién le grito yo detente?

En este funeral de caracolas
Que regala la corriente
Quien te cala hondo no va a detenerse
Que si te acabas ahogando que descanses

Que otra dama ha desplegado sus alas
Emigrando a tu boca, a tu pecho, a tu espalda, a sus anchas
A escondidas de los llantos de mis ruinas
Destruyendo lo que encontraba a su alcance

Mi piel se ha vuelto gruesa
En mis ojos escampa
De todo, saldré ilesa
Cómo te brillan los ojos con esa
Se percatan en la NASA

NASA

Eu imagino como você se sente por quem você sente
Porque eu sinto como me sinto por quem não deveria sentir
Um choque que acendeu minha autoestima
Uma chama ardente, um calor insubstituível

Produtos do desejo insuportável
A desinibição e o desejo quando queima
A adrenalina, os feromônios e o desastre
Um amor sem atrito que assim nasce

Outra dama abriu suas asas
Emigrando para sua boca, seu peito, suas costas, à vontade
Escondida dos prantos de minhas ruínas
Destruindo o que estava ao alcance

Minha pele ficou grossa
Aos meus olhos fica claro
Sairei ilesa de tudo
Como brilham seus olhos com isso
São observados pela NASA

Você não procura por isso, mas não o evita
E se está diante de você, você se esconde
Para eriçar sua derme
Sem se tocar, você procura as cócegas
Cruzando como cordilheiras todas as suas costelas

Cruzando sem volta os terrenos lamacentos
Passos errados
Por areias movediças, que lhes mostram o seu coração
A verdade mais transparente, pura e concisa

Uma dura realidade masoquista à qual você se presta
Porque você não pode passar mais uma dessas noites
Sem se envolver e se proteger
Da falta de carinho que seu corpo manifesta

Outra dama abriu suas asas
Emigrando para sua boca, seu peito, suas costas, à vontade
Escondida dos prantos de minhas ruínas
Destruindo o que estava ao alcance

Minha pele ficou grossa
Aos meus olhos fica claro
Sairei ilesa de tudo
Como brilham seus olhos com isso
São observados pela NASA

Você manteve meu colete livre
À prova de balas
Até que do nada
Chega o tiro inesperado

Acaba destroçando o tecido
E fazendo um buraco
Deixando a marca
E como dói quando cai, como queima

Uma alma carbonizada jogada na areia
Uma bandeira a meio mastro
Na beira de uma praia virgem
E para quem eu grito, pare?

Neste funeral de conchas
Que a corrente nos presenteia
Quem entra profundamente em você, não vai parar
Se você acabar se afogando, descanse

Outra dama abriu suas asas
Emigrando para sua boca, seu peito, suas costas, à vontade
Escondida dos prantos de minhas ruínas
Destruindo o que estava ao alcance

Minha pele ficou grossa
Aos meus olhos fica claro
Sairei ilesa de tudo
Como brilham seus olhos com isso
São observados pela NASA

Composição: Bárbara Guillén / Nejc Razpotnik