Pior Que o Mal (part. Joyce Alane)

Superação e autodefesa em "Pior Que o Mal" de Baco Exu do Blues

Em "Pior Que o Mal (part. Joyce Alane)", Baco Exu do Blues explora a necessidade de enfrentar nossos próprios limites e sombras para buscar superação. A repetição da frase “Às vezes precisamos ser pior que o mal” destaca a provocação do artista sobre como, em certos momentos, é preciso adotar posturas duras para se proteger e crescer. Essa ideia se conecta ao conceito central do álbum "Hasos", inspirado na inscrição “H-AS OS” da pintura de Caravaggio, que significa “a humildade mata o orgulho”. Baco sugere que, para evoluir, é fundamental encarar situações difíceis e, por vezes, agir de forma firme, não por maldade, mas como mecanismo de defesa e autossuperação.

A letra também traz referências filosóficas, como o “olhar de Camus sobre Sísifo”, remetendo ao absurdo da vida e à busca de sentido mesmo diante das adversidades. Quando Baco afirma “Absurdismo, eu morro pelo que acredito”, ele reforça a importância da persistência e da resiliência, mesmo quando tudo parece sem propósito. O reconhecimento do apoio dos outros, expresso em “Obrigado a quem me ajuda mesmo quando eu não peço”, reforça o valor da humildade e da busca por ajuda, temas que o próprio artista destacou ao falar sobre o álbum. Assim, a música se apresenta como um relato honesto sobre luta interna, autoperdão e a importância de não enfrentar as batalhas sozinho.