SEDA (part. Bryant Myers)

Luxúria e identidade cultural em “SEDA (part. Bryant Myers)”

Em “SEDA (part. Bryant Myers)”, Bad Bunny utiliza a seda como metáfora para transmitir luxo, sensualidade e uma dinâmica de dominação e entrega. O verso “Te tengo sometida debajo de la seda” (“Eu te mantenho submissa debaixo da seda”) exemplifica essa relação, unindo o toque suave do tecido à ideia de submissão e controle, o que reforça o tom provocador e explícito da música. Expressões como “la tengo sometida a mis nueve inch” (“a tenho submissa aos meus nove polegadas”) e outras referências a práticas sexuais intensas deixam claro que a faixa aborda o prazer e o poder sexual de forma direta, sem censura.

O videoclipe, lançado um ano após a música, acrescenta um elemento importante: Bad Bunny aparece segurando o livro “La historia general de Puerto Rico”, sugerindo uma homenagem às suas origens e à cultura porto-riquenha, mesmo em meio a um ambiente de festa e ostentação. Essa escolha conecta o conteúdo sexualmente explícito da letra com um sentimento de orgulho cultural, mostrando que, apesar do tom ousado, há espaço para referências identitárias. A letra também faz uso de duplos sentidos e metáforas, como em “te dejo canela cuando te someto a mi lujureo” (“te deixo marcada quando te submeto ao meu desejo”) e “te toco to' los punto de tu cuerpo como si jugara Twister” (“toco todos os pontos do seu corpo como se estivesse jogando Twister”), misturando humor e erotismo. Assim, “SEDA” celebra o prazer, o poder e a identidade, com a linguagem direta e ousada típica do trap latino.