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Chineiro e Dançador

Baitaca

Letra

    Quando eu saio pra um surungo, eu traquejo bem minhas melena'
    Dou uma afiada nas chilena' pra cutucar meu matungo
    Dou-lhe boca no pilungo, a distância, eu pouco me importa
    Depois de eu sair, só volto quando terminar o surungo

    Frouxo o arreio do pingo e tomo um trago de cachaça
    Saio torcendo a carcaça numa vaneira baguala
    Com a mais linda da sala, pode ser loira ou morena
    Enquanto a' minhas chilena' me mordem as franjas do pala
    Com a mais linda da sala, pode ser loira ou morena
    Enquanto a' minhas chilena' me mordem as franjas do pala

    Num rancho de chão batido
    Coberto de santa-fé
    Bombacha varrendo o chão
    Tapando a ponta do pé
    O salão tapa de poeira
    E eu rodeado de mulher

    No palanque da ramada, eu deixo amarrado o meu Baio
    Me carrega quando eu saio e não tem pressa quando eu venho
    No amor, me desempenho por China que eu considero
    Não tenho todas que eu quero, mas amo todas que eu tenho

    Saio na boca da noite e volto de manhã bem cedo
    No meio do mulheredo, qualquer um chineiro se arrisca
    Quem não arrisca não petisca, pois sei que o amor é um jogo
    Muié' que não pega fogo, eu faço saltar faísca
    Quem não arrisca não petisca, pois sei que o amor é um jogo
    Muié' que não pega fogo, eu faço saltar faísca

    Num rancho de chão batido
    Coberto de santa-fé
    Bombacha varrendo o chão
    Tapando a ponta do pé
    O salão tapa de poeira
    E eu rodeado de muié'

    Quando ronca uma cordeona, meu cavalo murcha a oreia'
    Na casa da luz vermelha, ele se empaca e não passa
    Com duas China' lindaça', saio tenteando o retoço
    Uma me morde o pescoço, outra belisca e me amassa

    E eu me viro num capeta no meio da mulherada
    Umas dançando pelada', esbanjando formosura
    Rebola que é uma loucura, que a gente nem se governa
    Enxergando um par de perna mais grossa do que a cintura
    Rebola que é uma loucura, que a gente nem se governa
    Enxergando um par de perna mais grossa do que a cintura

    Num rancho de chão batido
    Coberto de santa-fé
    Bombacha varrendo o chão
    Tapando a ponta do pé
    O salão tapa de poeira
    E eu rodeado de muié'

    Por lá, o cambicho se apluma
    Vamo' até o romper a aurora
    Retouço de uma por uma
    Depois, me cambeio' embora


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