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Cobertor

Banda Macumbia

Cobertor

Pra que tu queres um cobertor?
Se tua nega já lhe tem calor
Todo o dia, todo o dia

Las veces que duermo en la acera
O en puerta de viejas bodegas tú caes en llanto
Creyendo que estoy con otras mujeres bonitas bochinchando
No entiendes que a veces necesito hablar con mis hermanos
Caer en la curda fumar um cachito aunque sea dos veces por año
Tu eres la única negra que existe dentro e mi vida
Si tu te me pones fria me abriras una gran herida
Por eso te pido que abras la puerta y no me mires com esa cara
Tuerta
No me condenes!!

Pra que tu queres um cobertor?
Se tua nega já lhe tem calor
Todo o dia, todo o dia

Negra no me condenes!!

Si sabes que yo a ti te quiero
Y sin tu piel yo me congelo porque no abres
La puerta de nuestra casita que cuidaste com tanta esmero
No quiero pasar mi vida echo un perro callejero
Mira que me estoy sintiendo una cenicienta en desespero
Y mis zapatito de cristal se volvió uma botella de pampero
Pero no existe ni un ron del bueno que me alivie este corazón
Que esta herido
Lamentando, sangrando hasta el oído
No me condenes!!

Cobertor

Pra que você quer uma capa?
É nega já o calor
Tudo ou dia, tudo ou dia

As vezes que eu durmo na calçada
Ou à porta das adegas antigas você cai em lágrimas
Acreditando que estou com outras mulheres lindas a ferver
Você não entende que às vezes eu preciso falar com meus irmãos
Para cair na curda para fumar um pouco, mesmo que seja duas vezes por ano
Você é a única mulher negra que existe dentro da minha vida
Se você me colocar com frio você abrirá uma grande ferida
É por isso que eu estou pedindo que você abra a porta e não me olhe com esse rosto
Com os olhos
Não me condene!

Pra que você quer uma capa?
É nega já o calor
Tudo ou dia, tudo ou dia

Preto não me condene!

Se você sabe que eu te amo
E sem sua pele eu congelar porque você não abre
A porta da nossa casa que você cuidou com tanto cuidado
Eu não quero passar a vida Eu sinto falta de um cachorro perdido
Olha, estou sentindo uma Cinderela em desespero
E meu chinelo de cristal transformou-se em uma garrafa de pampero
Mas não há um bom rum para aliviar esse coração
Que ele está ferido
Lamentando, sangrando na orelha
Não me condene!

Composição: Rafael Souza Faria