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Balseiros do Rio Uruguai

Barbosa Lessa

LetraSignificado

    Oba, viva veio a enchente
    O Uruguai transbordou
    Vai dar serviço pra gente
    Vou soltar minha balsa no rio
    Vou rever maravilhas
    Que ninguém descobriu

    Amanhã eu vou embora
    Pros rumo de Uruguaiana
    Vou levando na minha balsa
    Cedro, angico e canjerana

    Quando chegar em São Borja
    Dou um pulo a Santo Tomé
    Só pra ver as correntinas
    E bailar um chamamé

    Oba, viva veio a enchente
    O Uruguai transbordou
    Vai dar serviço prra gente
    Vou soltar minha balsa no rio
    Vou rever maravilhas
    Que ninguém descobriu

    Se chegar ao Salto Grande
    Me despeço deste mundo
    Rezo a Deus e a São Miguel e
    Solto a alça lá no fundo
    Quem se escapa deste golpe
    Chega salvo na Argentina
    Só duvido que se escape do
    Olhar das correntinas

    Oba, viva veio a enchente
    O Uruguai transbordou
    Vai dar serviço pra gente
    Vou soltar minha balsa no rio
    Vou rever maravilhas
    Que ninguém descobriu

    Bandeira do Rio Grande
    Elton Saldanha e Anomar Danúbio Vieira

    Como quem reza pra um santo
    Na devoção campo afora
    Apresilho minha coragem
    Com a correia das esporas
    São Pedro proteja os loucos
    Que hoje eu meto uma tora
    Faltam dez pra'ra daqui a pouco
    E o baile começa agora

    Veiaca que esconde o toso
    Batendo garra comigo
    Mostro a marca da querência
    Que eu sou do Rio Grande antigo
    Eu não refugo bolada
    Porque eu gosto do perigo
    Tu vai entrar nesse baile
    Porque eu vou dançar contigo

    Meio bicho, meio gente
    É minha alma e é meu sangue
    Eu hoje vou me tapar
    Com a bandeira do Rio Grande

    Nasci nas covas de touro
    Templado a fogo e a frio
    Criado a trevo e babosa
    E acostumado a mio-mio
    De fronteira um verso potro
    Do tipo meio arredio
    Sou eu, o pingo e o cusco
    Pode anunciar nosso trio

    Campeando a toca dos oios
    Sacudo meu doze braças
    Que leva uns guizos na argola
    Quando a gente faz chalaça
    Quando cerra nos cabido
    De algum brazino fumaça
    Livro as orelhas e me estrivo
    Na tradição da minha raça

    Tem que ser doce de boca
    O pingo pros meus arreios
    Que venha pedindo rédea
    Mascando o jogo do freio
    Sereno pra lida bruta
    Faceiro pros pacholeiros
    Valente e doce de pata
    Pra apartar boi nos rodeios

    Numa pendenga a cavalo
    Morro queimando cartucho
    Tirar zebu do banhado
    Pra mim é um troço de luxo
    Bem no garrão do Brasil
    Vou aguentando o repuxo
    Com a bandeira do Rio Grande
    Bem no estilo gaúcho


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