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Esse Negro Não Se Enxerga

Batacotô

Letra

    Não sei, não, não sei, não
    Não sei, não, não sei, não
    Não sei, não, não sei, não
    Não sei, não, não sei, não

    Esse negro não se enxerga
    Não conhece o seu lugar
    Esse negro não se enverga
    Esse negro é de amargar
    Esse negro não se enxerga
    Não conhece o seu lugar
    Esse negro não se enverga
    Esse negro é de amargar

    Põe na cara desse negro, focinheira de latão
    Põe golilha no pescoço, um tronco no coração
    Nos dedos lhe põe anjinhos e no pé põe um grilhão
    Dá-lhe com a Santa Luzia na grossa palma da mão
    Mas cuidado com esse negro
    Que esse negro é o cão
    E se um dia ele se solta, Iaiá, não sei não

    Não sei, não, não sei, não
    Não sei, não, não sei, não
    Não sei, não, não sei, não
    Não sei, não, não sei, não

    Esse negro não se enxerga
    Não conhece o seu lugar
    Esse negro não se enverga
    Esse negro é de amargar
    Esse negro não se enxerga
    Não conhece o seu lugar
    Esse negro não se enverga
    Esse negro é de amargar

    Muda o nome que ele trouxe em seu caçanje de nação
    Ensina língua de gente, dá batismo de cristão
    Põe um colete de couro, ele é negro turrão
    Dá-lhe vara de marmelo, bacalhau e cinturão
    Mas cuidado com esse negro
    Que esse negro é cão
    E se um dia ele se solta, Iaiá, não sei, não

    Não sei, não, não sei, não
    Não sei, não, não sei, não
    Não sei, não, não sei, não
    Não sei, não, não sei, não

    Esse negro não se enxerga
    Não conhece o seu lugar
    Esse negro não se enverga
    Esse negro é de amargar
    Esse negro não se enxerga
    Não conhece o seu lugar
    Esse negro não se enverga
    Esse negro é de amargar

    Não dá nada pra esse negro pra ele não ser cidadão
    Pra morar deixa pra ele só morro, hospício e prisão
    Diz que ele não tem passado, nem heróis, nem tradição
    Que ele só sabe é de samba, de bola e superstição
    Mas cuidado com esse negro
    Que esse negro é o cão
    E se um dia ele se solta, Iaiá, não sei, não

    Não sei, não, não sei, não
    Não sei, não, não sei, não
    Não sei, não, não sei, não
    Não sei, não, não sei, não

    Esse negro não se enxerga
    Não conhece o seu lugar
    Esse negro não se enverga
    Esse negro é de amargar
    Esse negro não se enxerga
    Não conhece o seu lugar
    Esse negro não se enverga
    Esse negro é de amargar

    Esse negro não se enxerga
    Não conhece o seu lugar
    Esse negro não se enverga
    Esse negro é de amargar
    Esse negro não se enxerga
    Não conhece o seu lugar
    Esse negro não se enverga
    Esse negro é de amargar

    Esse negro não se enxerga
    Não conhece o seu lugar
    Esse negro não se enverga
    Esse negro é de amargar
    Esse negro não se enxerga
    Não conhece o seu lugar
    Esse negro não se enverga
    Esse negro é de amargar...

    Composição: Claudio Jorge / Nei Lopes. Essa informação está errada? Nos avise.

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