395px

Investindo na Perda (part. Kase.O e Ignatius Farray)

BEJO

Invirtiendo en la pérdida (part. Kase.O y Ignatius Farray)

Retransmitiendo desde el interior
Yo, yo

Fuck that shit, no me importa si
Tuviera que volverlo a hacer, lo haría otra vez así
Hoy hace frío en Madrid, y yo descalzo aquí
Sigo dándole patadas a una lata en la street

Hoy me siento como un viejo solo sentado en un banco
Alimentando a las palomas mientras pienso: No es pa' tanto
Me caigo, me levanto, y me vuelven a empujar
Y así hasta que llegue el día en que me cubran con un manto

Echando la vista atrá', estoy en paz
Hoy los míos están bien y los demás están de má'
Sentí la presión como dentro de una botella de agua con gas
Y dije: Basta ya, que va a estallar

No me importa, sé que esta vida es corta
Sé que este papel corta porque cuando escribo me echo a sangrar
Yo soy mi escolta, mis luce' y mi sombra
Porque sé que esta fama es puta y no me pudo cambiar

Me cansé de preguntar porque no hay nadie que me explique
Por eso sigo aquí con mi palique
Masticando las penas como si fueran un chicle
Salgo a flote, pero voy a pique

Perdido en un laberinto de mi mundo interior
Una voz me dijo: Pétalo, mirando una flor
Dentro de este carro viejo voy vestido de sport
Por si hay que salir corriendo y no funciona el motor

Ante los golpes de la vida y sus locura'
Defensa férrea y sin fisura
Puedo verlo claro en esta habitación oscura
Pero nadie me lo asegura

Lo doy por sentado, sigo en pie cogiendo altura (eh, yo)
Cruzan los dedos cuando juran
No me creo nada, solo escribo mierda pura
(Solo escribo mierda pura)

Eh, yo, ¿quién está seguro del futuro?, ¿quién jura?
¿Quién actúa con mesura ante la duda incendiaria?
Soliloquio del caos como gurúes
Mi operación diaria, retransmito desde las entrañas

Mil días enteros no comiendo, sino uñas
El dolor es un magnífico adelgazante
Y si no que le pregunten al Ge—, gran mago
Control del ego, ejercicio del cariño

Me enfado como un niño y me arrepiento luego
Que si un mal día, y que si una mala racha
Pero a mí se me estaba poniendo cara de puto facha
Y en el espejo, un diablo me guiñaba un ojo

No supe verlo porque estaba muy borroso
Muy lejos del mundo, de ti y de vosotros
Enmarañado en pensamientos ponzoñosos
Devorado por los espejismos

Bajo mis pies serpientes y seísmos
Naturaleza muerta es lo que dejo atrás a mi paso
Me chincha la conciencia, pero ya no le hago caso
Que yo no quiero ver a nadie sufrir
Pero los veo cada vez que salgo de paseo

Míralo tentando al treta brick
Va tan borracho que no lo puede abrir y lo intenta a mordiscos
A nadie le reza el puto rey de la tristeza
Espectador de un sueño que se aleja
Sin amigos ni familia ni trabajo
Solo queda el consuelo de que no se puede ir más abajo

Ante los golpes de la vida y sus locura'
Defensa férrea y sin fisura
Puedo verlo claro en esta habitación oscura
Pero nadie me lo asegura

Lo doy por sentado, sigo en pie cogiendo altura (eh, yo)
Cruzan los dedos cuando juran
No me creo nada, solo escribo mierda pura
(Solo escribo mierda pura)

El desastre ya está hecho
Cincuenta año' sin lógica ninguna
Invirtiendo en la pérdida
Para comprarme el terreno que yo quería

Donde pueda crecer mi higuera
De rama' retorcida' y contrahecha' y con el tronco atrofiado
Como el de un contorsionista
Higuera' como hoguera' que den sombra y fuego
Y que te digan que la vida te puede joder la vida, jajaja

Investindo na Perda (part. Kase.O e Ignatius Farray)

Retransmitindo de dentro
Eu, eu

Foda-se, não me importa se
Tivesse que fazer tudo de novo, faria de novo assim
Hoje tá frio em Madrid, e eu descalço aqui
Continuo chutando uma lata na rua

Hoje me sinto como um velho sozinho sentado no banco
Dando comida para as pombas enquanto penso: Não é pra tanto
Eu caio, me levanto, e me empurram de novo
E assim até chegar o dia que me cubram com um manto

Olhando pra trás, tô em paz
Hoje os meus tão bem e os outros tão de má
Senti a pressão como dentro de uma garrafa de água com gás
E disse: Chega, vai estourar

Não me importa, sei que essa vida é curta
Sei que esse papel corta porque quando escrevo eu começo a sangrar
Eu sou meu segurança, minhas luzes e minha sombra
Porque sei que essa fama é uma vadia e não me pôde mudar

Cansei de perguntar porque não tem ninguém que me explique
Por isso sigo aqui com meu papo
Mastigando as dores como se fossem chiclete
Saio à tona, mas tô afundando

Perdido em um labirinto do meu mundo interior
Uma voz me disse: Pétalo, olhando uma flor
Dentro desse carro velho vou vestido de esporte
Caso precise sair correndo e o motor não funcione

Diante dos golpes da vida e suas loucuras
Defesa firme e sem fissura
Posso ver claro nessa sala escura
Mas ninguém me garante

Dou como certo, sigo em pé ganhando altura (eh, eu)
Cruzam os dedos quando juram
Não acredito em nada, só escrevo merda pura
(Só escrevo merda pura)

Eh, eu, quem tá seguro do futuro?, quem jura?
Quem age com cautela diante da dúvida incendiária?
Solilóquio do caos como gurus
Minha operação diária, retransmito das entranhas

Mil dias inteiros sem comer, só roendo unhas
A dor é um magnífico emagrecedor
E se não, que perguntem ao Ge—, grande mágico
Controle do ego, exercício do carinho

Fico bravo como uma criança e depois me arrependo
Se foi um dia ruim, e se foi uma má fase
Mas eu tava ficando com cara de puto reacionário
E no espelho, um diabo piscava pra mim

Não consegui ver porque tava tudo embaçado
Muito longe do mundo, de você e de vocês
Emaranhado em pensamentos venenosos
Devorado por miragens

Debaixo dos meus pés serpentes e terremotos
Natureza morta é o que deixo pra trás ao passar
Minha consciência me incomoda, mas já não dou bola
Porque eu não quero ver ninguém sofrer
Mas vejo sempre que saio pra passear

Olha ele tentando abrir a porta
Tão bêbado que não consegue e tenta a mordidas
Ninguém reza pro puto rei da tristeza
Espectador de um sonho que se afasta
Sem amigos, sem família, sem trabalho
Só resta o consolo de que não dá pra ir mais fundo

Diante dos golpes da vida e suas loucuras
Defesa firme e sem fissura
Posso ver claro nessa sala escura
Mas ninguém me garante

Dou como certo, sigo em pé ganhando altura (eh, eu)
Cruzam os dedos quando juram
Não acredito em nada, só escrevo merda pura
(Só escrevo merda pura)

O desastre já tá feito
Cinquenta anos sem lógica nenhuma
Investindo na perda
Pra comprar o terreno que eu queria

Onde eu possa fazer minha figueira
Com galhos retorcidos e deformados e com o tronco atrofiado
Como o de um contorcionista
Figueiras como fogueiras que dão sombra e fogo
E que te digam que a vida pode te foder a vida, hahahaha

Composição: