395px

A Equivalência dos Contrários

Daniel Bélanger

L’équivalence des contraires

Prends ma main et regarde-moi
Dans les yeux (les deux c'est mieux)
J'ai (je crois) ce petit quelque chose!
Tu as mal car un mauvais homme
Sur ta seule situation
A jugé nulles ses chances d'oisiveté
Et t'a laissé tomber
Je t'offrirai des feuilles de gui
De ce pays où rien ne pousse pour seule frousse
Que tu connaisses la chanson
Moi pour qui le calembour s'offre
Comme s'offre l'amour
Je t'enlèverai les rideaux de la douche

Danse, danse avec moi
Jusqu'à épuisement
Danse, danse avec moi
Ce n'est rien, non, ce n'est rien
Laisse ton corps battre le chagrin
Jusqu'à rupture, jusqu'à effondrement
Le soleil penche sur les comme toi jusqu'au jour où redevenu droit
Il se repose et se prend pour lui-même
Dans ma main pose la tienne
Noyons nos yeux dans nos yeux
Soudons solides nos exaspérations
Je sais bien, ou du moins, j'ose, croire en ce petit quelque chose
Qu'on nomme l'équivalence des contraires
Danse, danse avec moi
Jusqu'à épuisement
Danse, danse avec moi

Ce n'est rien, non, ce n'est rien
Laisse ton corps danser, ce n'est rien
Ce n'est rien
Ce n'est rien, non, ce n'est rien
Laisse ton corps danser, ce n'est rien
Ce n'est rien
Ce n'est rien, non, ce n'est rien
Laisse ton corps danser, ce n'est rien
Ce n'est rien
Ce n'est rien, non, ce n'est rien
Laisse ton corps danser, ce n'est rien
Ce n'est rien
Noyé dans la chlorophylle à deux pissenlits de ton souvenir
Entends-tu mon invisible moi?
Entends-tu mon invisible moi?
Entends-tu ma rêverie son boucan vient-il jusqu'à toi?
Perçois-tu mon invisible moi?
Perçois-tu mon invisible moi?
Allez, emporte-nous emporte nous deux
En un mot: Ne me quitte jamais

A Equivalência dos Contrários

Segura minha mão e olha pra mim
Nos olhos (os dois é melhor)
Eu tenho (acho que tenho) esse pequeno algo!
Você tá mal porque um cara ruim
Sobre sua única situação
Achou nulas suas chances de ficar de boa
E te deixou na mão
Eu te oferecerei folhas de visco
Desse lugar onde nada cresce pra só dar medo
Pra você conhecer a canção
Eu, pra quem o trocadilho se oferece
Como se oferece o amor
Vou tirar as cortinas do chuveiro

Dança, dança comigo
Até a exaustão
Dança, dança comigo
Não é nada, não, não é nada
Deixa seu corpo bater a tristeza
Até quebrar, até desabar
O sol se inclina sobre os como você até o dia em que fica reto de novo
Ele descansa e se acha
Na minha mão, coloca a sua
Afoguemos nossos olhos nos nossos olhos
Solidificamos nossas exasperações
Eu sei bem, ou pelo menos, me atrevo a acreditar nesse pequeno algo
Que chamamos de equivalência dos contrários
Dança, dança comigo
Até a exaustão
Dança, dança comigo

Não é nada, não, não é nada
Deixa seu corpo dançar, não é nada
Não é nada
Não é nada, não, não é nada
Deixa seu corpo dançar, não é nada
Não é nada
Não é nada, não, não é nada
Deixa seu corpo dançar, não é nada
Não é nada
Não é nada, não, não é nada
Deixa seu corpo dançar, não é nada
Não é nada
Afogado na clorofila a dois dentes-de-leão da sua lembrança
Você ouve meu eu invisível?
Você ouve meu eu invisível?
Você ouve meu devaneio, o barulho chega até você?
Percebe meu eu invisível?
Percebe meu eu invisível?
Vai, nos leve, nos leve dois
Em uma palavra: Nunca me deixe

Composição: Daniel Bélanger