395px

Eu Que Não Sou o Imperador

Edoardo Bennato

Io Che Non Sono L'Imperatore

Io che non sono l'imperatore
io che non scendo a patti con te
io che fui espulso da tutte le scuole
pretendo il meglio di quello che c'è

La posta in gioco non vale la pena
ho fatto i conti e non tornano mai
ho fatto pure la prova del nove
e intanto nuoto in un mare di guai

I conti in banca li ho fatti saltare
tutti in soffitta a pregare per tre
chi ha visto il piano regolatore
ha detto: bravo!, ma ride di me

Sperequazioni e intrallazzi privati
io sono il primo col pollice in giù
ma chi mi dice che è tutta una scena
e poi son quello che imbroglia di più.

Chi mi assicura che ha un dato momento
scendo dal treno e ti dico di no
muovo gli scacchi a seconda del vento
non in funzione di quello che so

I capotasti li ho tutti provati
il tempo toglie più quello che da
sono a tre quarti e ho l'acqua alla gola
quell'altro quarto chi sa che sarà

Quell'altro quarto mi spacca la mente
un razzo bianco: son meglio di noi
fanno paura ai preti e alla gente
scappa al segnale, scappa, più forte che puoi

Son sicuro che c'era qualcuno
ho fatto carte false per te
ho già tentato anche un colpo di mano
però qui il motto è: ognuno per sè

A cosa serve un amico pompiere
di punto in bianco mi parli col tu
hai visto giusto era un vecchio marpione
salamelecchi, ma niente di più

Meglio lavarsi con l'acqua salata
se non ti basta l'affetto che hai
se i presupposti da cui sei partito
sono crollati per quello che fai

Se fossi certo del libero arbitrio
se fosse inverno e lei stesse già qui
se gli altri in coro facessero scudo
eviterei di parlare così.

Se mi arrabatto a parlare latino
non è questione di ingenuità
non sono certo che porti fortuna
non sono certo ma tanto che fa

Tanto il concetto non cambia colori
tanto il postino direbbe di no
e se bastasse soltanto una vita
sarei a cavallo per quello che ho.

Eu Que Não Sou o Imperador

Eu que não sou o imperador
Eu que não faço acordo com você
Eu que fui expulso de todas as escolas
Exijo o melhor do que há

O que tá em jogo não vale a pena
Fiz as contas e nunca batem
Fiz até o teste do nove
E enquanto isso, nado em um mar de problemas

As contas no banco eu fiz estourar
Todo mundo no sótão rezando por três
Quem viu o plano diretor
Disse: bom trabalho!, mas ri de mim

Desigualdades e esquemas privados
Eu sou o primeiro a dar o polegar pra baixo
Mas quem me diz que é tudo uma encenação
E depois sou eu quem mais engana.

Quem me garante que em algum momento
Eu desço do trem e digo não pra você
Movimento as peças conforme o vento
Não em função do que eu sei

Os capotastes eu já testei todos
O tempo tira mais do que dá
Estou a três quartos e com água no pescoço
Aquele outro quarto, quem sabe o que será

Aquele outro quarto me quebra a mente
Um foguete branco: sou melhor que nós
Eles assustam os padres e a galera
Foge ao sinal, foge, mais forte que puder

Tenho certeza que tinha alguém
Fiz de tudo por você
Já tentei até um golpe de mestre
Mas aqui o lema é: cada um por si

Pra que serve um amigo bombeiro
De repente você me trata por tu
Você viu certo, era um velho safado
Papo furado, mas nada mais

Melhor se lavar com água salgada
Se não basta o carinho que você tem
Se os pressupostos de onde você partiu
Desabaram por causa do que você faz

Se eu tivesse certeza do livre-arbítrio
Se fosse inverno e ela já estivesse aqui
Se os outros em coro fizessem escudo
Eu evitaria de falar assim.

Se eu me esforço pra falar latim
Não é questão de ingenuidade
Não tenho certeza que traz sorte
Não tenho certeza, mas tanto faz

Tanto o conceito não muda de cor
Tanto o carteiro diria que não
E se bastasse só uma vida
Eu estaria a cavalo pelo que tenho.

Composição: Edoardo Bennato