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Dissolução

Bianca Hoffmann

Letra

    Pique bandida, pegada lil kim
    Consulte meu kim, esqueça minha vida
    Transmuta energia, tormenta rítmica no beat
    Trazendo causa, quem causa [?] inicio pelo fogo, pelo army locomovo
    Terceiro olho é louco, mensagem proibida
    Sabe o que eu vim fazer aqui? Te mostro agora a essência de aurora boreal
    Focada, intensa e real, bailando na tempestade e poder de liberdade
    Deixando nuvens carregadas no choque do plasma
    Palavras diretas mirando no núcleo, regenera o fluxo sem desperdiçar
    Pessoas em rotatividade, mundo superficial
    Explodindo intensidade, longe do real (longe do real)
    Face a face com a solidão
    O espelho te cobra, arte na guerra é agora
    Face tô face, você com você e mais ninguém
    Face tô face, cê consegue se ver nessa confusão?
    Face tô face, o que te corrói, o que te convém
    Nasci pra ser karma no meio do caos onde eu navegar expandindo a visão
    Face tô face, você com você e mais ninguém
    Face tô face, interna ou cisterna através da sua lente
    Face tô face, o que te corrói, o que te convém
    Feito o combate, parto pro ataque, loba solitária na linha de frente

    Não sei como vou dizer, mas sei do que devo falar
    A verdade dói e faz crescer, seja sincero ou não vai aguentar
    Vozes silenciam pro meu cantar, quando eu canto, eu grito o que é pra chegar
    Aumenta o volume e deixa estourar, dentro das caixa não nasci pra ficar
    Vivi na rua, gosto de lá
    Salve da la vista, salve pinda
    Respeite sua mãe, respeite a quebra
    Não venha pagar (não vem)
    São anos de luta, não venha pagar
    Respeite a quebra, não venha pagar
    Gosto de cor e volto a pintar
    No topo a brincar, minha pele é preta
    São anos a frente matando a minha gente, isso tem que acabar
    Nasci pra reinar, aham, minha pele é preta (ó minha cor, ó)
    Eu tô no comando e mando no corpo que veio quebrar

    Eu desço sozinha pra subir com dois
    Se for pro bem, não deixo pra depois
    Barriga vazia, oficina do estado
    Eu conto o prato faltando arroz
    Meu trampo de história é patriarcado
    No sapato, é melhor tomar cuidado
    Meu legado é escrever os fato
    Sentimento real e abstrato
    Ouço os relato enquanto junto os caco
    O tempo mostra os forte e os fraco
    Não falo de força (eu)
    Me nego a segurar o aço
    Respeito quem é pau no cu dos cabaço
    Resolvo na rima, nem uso meu braço
    Meu santo é forte, com arco e flecha eu caço
    Abrindo os caminho, paro no espaço
    Missão é o rap, pode pá que eu não paro
    Pode pá que eu não paro
    Killa bi é meu nome
    Pode pá que eu não paro

    Não tô pra vítima, tô mais pra vilão dessa sociedade
    Impeachment, tão crítica, que me faz pensar
    No quanto a crítica, se não construtiva
    Dentro de cada estatística é bem provável que vá me julgar
    Pro falador eu não dou ibope, é hip-hop e não jab jab
    Eu job job no cash cash, e muito rap pros lek lek
    Cês hot pocket, eu big mac, cês passa o pano e eu passo o beck
    Cês no recalque das minha track, minha quebrada é queer e ninguém compete
    Não tire a máscara que cobre a sua máscara
    Despida em alma e bastará, bastará
    Não necessita fórmula nem método de bhaskara
    Cristo eu sei não voltará, senão seu servo matará, pow
    Eu nem conto a nota, mas você me nota
    E me dá sua nota, boombeat anota
    Universo volta, devolvi na porta
    Quanto que cê vale, quanto que cê cobra
    Amigos da onça correndo da cobra
    Tô correndo muito que a vida me cobra
    Amanhã é pouco pra quem quer agora
    Respira, prende, bate e solta
    Avião decolando, são vários planos e eu tô no alto
    Articulo meu plano e na sequência meu camuflado
    O piloto eu comando direcionando nada de errado
    Bicha na front do jogo não tenta pra nada e não desce do salto

    Para, porra, pela, bota a cara na janela
    Tu vê que essa merda de vida aqui não é igual novela
    Você fala da favela mas não liga pra favela
    Só se importa em fazer grana com o rap e bater panela
    Então para, pera, porra, pensa, vai
    Bala solta, mata filho sem pai
    Droga, bina, guerra, morro, cano berra
    Menor gangue sela e a casa cai
    Toda história de cinema tem que ter um bom vilão
    Pro herói poder chegar e salvar a gente
    Mas no Brasil o filme deve ser é de terror

    Porque o diretor quer fazer o vilão ser presidente
    Vocês falam pelos cotovelo enquanto a gente trampa e faz o resto
    Minha carreira não é pra ser modelo, mas mete medo em rapper desonesto
    Um gole, um brinde à santa lúcia, hip-hop é ter astúcia
    Não se ilude que teu rapper favorito é gangsta igual bicho de pelúcia
    Dizer que é pica pelo insta é fácil, difícil é trampar e fazer o que eu faço
    A noite é fria aqui no showbiz, por isso que o meu coração é aço
    Faço rap, hip-hop, rua, caguei pro hype, que ideia torta

    Cheguei até aqui sem fazer firula, nem pedi licença, só chutei a porta
    Cê diz que poesia de ideia tá morta, prefere trap que ostenta roupa
    Eu ressuscitei a ideologia e foi na base do boca a boca
    Fala, fala que a bala voa, tu mete marra, eu meto letra
    Mete o pé se não mete a cara, eu quero a mudança, você quer treta

    Tenta entender o que eu digo, ó, não tenta fazer o que eu faço
    O rap é terra de ninguém, por isso ninguém vai tirar meu espaço, porra
    Tenta entender o que eu digo, não tenta fazer o que eu faço
    O rap é terra de ninguém, por isso ninguém vai tirar meu espaço
    Fala, fala porque a bala voa, fala, fala, tu só fala merda
    Fala, fala porque a bala voa, faz um favor e cala a boca


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