Lettre D'Un Vieux Guerrier
J'ai été jeune, monsieur
Presque beau, madame
Dans mes veines coulait
Le sang des mustangos
Et dans mes yeux brûlaient
Des désirs aussi nombreux
Que les perséides
Par une nuit noire d'été
J'ai été jeune, monsieur
Presque beau, madame
J'ai été jeune, monsieur
Presque beau, madame
Je n'avais pas de souvenir
Juste une rage de vivre
Mais je ne vivais pas, je brûlais
De la passion, j'étais l'esclave
Et je me consumais
J'ai été jeune, monsieur
Presque beau, madame
J'ai été jeune, monsieur
Presque beau, madame
Mon âme avait la foi
Des martyrs qui se meurent
Qui brûlent pour leur dieu
J'étais naïf, ébloui, fou heureux
De la vie et de vous, madame
J'étais amoureux
Je suis fatigué, monsieur
Presque vieux, madame
Carta de um Velho Guerreiro
Eu fui jovem, senhor
Quase bonito, senhora
Nas minhas veias corria
O sangue dos mustangos
E nos meus olhos queimavam
Desejos tão numerosos
Quanto as perseidas
Numa noite escura de verão
Eu fui jovem, senhor
Quase bonito, senhora
Eu fui jovem, senhor
Quase bonito, senhora
Eu não tinha lembranças
Apenas uma vontade de viver
Mas eu não vivia, eu queimava
De paixão, eu era escravo
E me consumia
Eu fui jovem, senhor
Quase bonito, senhora
Eu fui jovem, senhor
Quase bonito, senhora
Minha alma tinha a fé
Dos mártires que morrem
Que queimam por seu deus
Eu era ingênuo, deslumbrado, louco de felicidade
Pela vida e por você, senhora
Eu estava apaixonado
Estou cansado, senhor
Quase velho, senhora