New York State Of Mind

A conexão autêntica de “New York State Of Mind” com Nova York

Em “New York State Of Mind”, Billy Joel expressa seu profundo apego a Nova York ao preferir voltar de ônibus pela Hudson River line, em vez de buscar destinos glamourosos como Miami Beach ou Hollywood. Esse detalhe ganha ainda mais significado ao considerarmos que Joel compôs a música logo após retornar de Los Angeles, mostrando que o foco da canção está menos no local físico e mais no sentimento de pertencimento, conforto e identidade que Nova York representa para ele. A escolha do ônibus Greyhound, um meio de transporte simples e cotidiano, contrasta com a ostentação dos “movie stars in their fancy cars and their limousines” (estrelas de cinema em seus carros luxuosos e limusines), destacando o valor que Joel dá à autenticidade e ao cotidiano nova-iorquino, em vez do glamour superficial de outros lugares.

A letra também transmite uma nostalgia tranquila, especialmente quando Joel menciona que era fácil viver “day by day, out of touch with the rhythm and blues” (dia após dia, desconectado do rhythm and blues), mas sente falta do dinamismo e da troca constante de Nova York, simbolizada pelo “give and take” (troca) dos jornais locais. O verso “I don't care if it's Chinatown or on Riverside” (não me importa se é Chinatown ou Riverside) reforça que qualquer parte da cidade tem seu valor, e o essencial é o sentimento de estar em casa. Após o 11 de setembro, a música se tornou ainda mais simbólica, servindo como um hino de resiliência e orgulho para os nova-iorquinos. No fim, “New York State Of Mind” celebra a vida urbana, as imperfeições e a energia única de Nova York, vista por quem realmente sente que pertence à cidade.