I'm Not a Saint

Reflexão sobre imperfeição e mudança em “I'm Not a Saint”

“I'm Not a Saint”, de Billy Raffoul, se destaca pela sinceridade ao abordar falhas cotidianas e autossabotagem. Logo nos primeiros versos, o artista admite hábitos prejudiciais, como fumar demais e se envolver em relacionamentos passageiros, criando um retrato honesto de vulnerabilidade. O refrão, “I'm not a saint, but I could be if I try” (Não sou um santo, mas poderia ser se eu tentar), revela tanto o reconhecimento das próprias limitações quanto o desejo genuíno de mudança, mesmo sabendo que esse caminho é difícil e cheio de recaídas.

A música nasceu de uma conversa pessoal entre Billy Raffoul e Julia Michaels sobre aspectos de suas vidas que gostariam de transformar, o que explica o tom confessional e direto da letra. Frases como “Lord knows I've got habits to break” (Deus sabe que tenho hábitos para largar) e “I'm really good at being good at goodbyes” (Sou muito bom em dizer adeus) reforçam a luta interna com vícios e a dificuldade de manter relacionamentos, temas que Raffoul já afirmou serem centrais na composição. O verso “I'm gonna give you fair warning that I will be the reason for the tears in your eyes” (Vou te avisar que serei o motivo das lágrimas nos seus olhos) mostra uma honestidade dolorosa, alertando o outro sobre as consequências de seus próprios comportamentos. A produção minimalista, com destaque para a voz rouca de Raffoul, intensifica a sensação de confissão e proximidade, tornando a música uma reflexão acessível sobre autocrítica, desejo de evolução e a complexidade de tentar ser melhor para si e para quem se ama.