23 de Dezembro de 2025, às 17:13
The Fate of Ophelia ganhou uma versão em IA polêmica, mas que viralizou no Brasil.
A Sina de Ofélia, versão pagode e em português do hit de Taylor Swift, dominou as redes sociais em dezembro de 2025: impossível navegar pelo feed do TikTok sem ter visto pelo menos um vídeo com o áudio do momento.

Criada por Track B Music com vocais gerados por inteligência artificial que imitam Luísa Sonza e Dilsinho, a faixa repercutiu nas redes para o bem e para o mal, dividindo o público entre os que amaram a versão e os que exigiam que ela fosse deletada.
Saiba mais sobre a origem, repercussão e significado de A Sina de Ofélia, o maior viral que marcou o final de 2025!
A Sina de Ofélia, versão em português derivada do hit internacional The Fate of Ophelia, de Taylor Swift, viralizou especialmente no Brasil no fim de 2025 — mas não sem gerar polêmica nas redes sociais.
Criada pelo canal Track B Music, a música adapta a letra de The Fate of Ophelia para o português e usa vocais gerados por inteligência artificial para simular as vozes de Luísa Sonza e Dilsinho.
A faixa também ganha o ritmo do pagode, deixando a versão ainda mais brasileira.
Assim como a música original, o significado de A Sina de Ofélia se apoia na peça Hamlet, de Shakespeare, comparando a eu-lírico e seu estado de solidão e dor ao da personagem Ofélia.
A metáfora de “sina” refere-se ao destino trágico da personagem na peça: Ophelia, que sempre sofreu grandes pressões sociais, entra em angústia após a morte de pai e rejeição de Hamlet. Ela sofreu muito por amor e acabou morrendo afogada.
Essa sina, no entanto, é subvertida na canção original de Taylor Swift, que faz comparações entre a própria vida e da personagem, vendo seu relacionamento com o jogador Travis Kelce como a sua salvação, dando um novo desfecho à Ofélia da vida real.
Na música, Ophelia foi salva graças a um amor que a resgata e representa uma virada em sua vida, significado que é mantido em A Sina de Ofélia.
A versão pagode de The Fate of Ophelia apresenta uma tradução fiel e mantém a mensagem da música original, mas ganha um toque diferente no ritmo do pagode e expressões brasileiras atuais.
Com frases como “dizem por aí que você é fogo” e “tô fechada com você”, afasta-se do clássico shakespeariano para se aproximar do público moderno e da linguagem das redes sociais, mais acessível e contemporânea.
A Sina de Ofélia fez grande sucesso nas redes sociais, em especial no TikTok e no YouTube: a versão chegou a somar mais de 10 milhões de streams combinando os vídeos que usavam a faixa como áudio nas plataformas.
@luisasonza ♬ som original – Pop_natioon
Fenômeno entre vídeos de edits, dublagens e memes, diversas celebridades gravaram se renderam ao som, incluindo os próprios cantores que tiveram suas vozes replicadas por IA para a versão brasileira.
Luísa Sonza e Dilsinho se juntaram à brincadeira, aumentando o hype da versão enquanto fãs pediam por uma gravação oficial com os artistas que já haviam colaborado anteriormente na música Não Vai Embora.
A participação dos cantores na trend colaborou com os rumores de um lançamento oficial do hit. Outras versões também surgiram, incluindo uma regravação por Felipe Amorim e Duda Kropf.
Ao mesmo tempo, o público se dividia em meio à polêmica sobre o uso de IA na arte e direitos autorais, visto que A Sina de Ofélia não tinha autorização de Taylor Swift ou de sua gravadora para circular nas redes sociais.
Fãs da cantora fizeram campanha marcando Taylor Swift, sua equipe e a assessora Tree Paine, exigindo que a versão de IA fosse deletada.
Neste meio tempo, A Sina de Ofélia chegou ao Spotify e entrou nos charts de músicas mais ouvidas do Brasil com mais de 250 mil streams, mas em 19 de dezembro a versão brasileira foi removida da plataforma por questões de direitos autorais, já que configurava uma obra derivada não-autorizada.
A Sina de Ofélia continua circulando pelas redes sociais de forma não-oficial, mas sem o endosso de Taylor Swift e sua gravadora, é inesperado que uma gravação oficial aconteça.
Enquanto isso, a música original de Taylor Swift continua nos charts três meses após seu lançamento. Com mais de 700 milhões de streams, The Fate of Ophelia é a única música fora da temática natalina nas paradas atuais da Billboard e Spotify.



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