31 de Julho de 2024, às 17:02
A cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 foi marcada por um momento emocionante, quando a cantora Céline Dion subiu ao palco para interpretar Hymne à l’amour, uma das canções mais emblemáticas de Édith Piaf.
A apresentação ocorreu na noite de 26 de julho, sob a icônica Torre Eiffel, e foi a primeira aparição de Dion após dois anos afastada dos palcos.

A cantora, que foi diagnosticada com a Síndrome da Pessoa Rígida em 2022, demonstrou força e emoção, reafirmando seu lugar como uma das grandes vozes da música internacional.
Conheça agora a história de Hymne à l’amour e como ela se tornou uma das canções francesas mais amadas do mundo!
Édith Piaf, a “pardalzinho de Paris”, deixou um legado musical inigualável. Entre suas inúmeras canções, uma se destaca pela intensidade e pela história que carrega: Hymne à l’amour.
Composta por Édith Piaf em colaboração com Marguerite Monnot, a música foi escrita em homenagem ao grande amor de Piaf, o boxeador Marcel Cerdan.
Lançada em 1950, a canção é uma das músicas mais icônicas de Édith Piaf e uma das mais reconhecidas da música francesa, destacando a capacidade de Piaf de transmitir emoção pura através de sua voz única.
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Piaf conheceu Marcel Cerdan em 1947, durante uma turnê nos Estados Unidos. Eles iniciaram um romance apaixonado, mas trágico. Em 1949, Piaf escreveu Hymne à l’amour em homenagem a Cerdan.
A tragédia, no entanto, marcou profundamente a história da canção. Pouco antes de gravar Hymne à l’amour, Cerdan faleceu em um acidente aéreo, deixando Piaf devastada.
A dor da perda se fundiu à beleza da melodia, transformando a canção em um lamento atemporal sobre o amor e a finitude da vida.
Apesar de ser uma canção profundamente pessoal, Hymne à l’amour transcendeu a história de amor entre Piaf e Cerdan para se tornar um hino universal.
A letra da música expressa uma devoção intensa e incondicional. Piaf canta sobre como nada mais importa enquanto ela for amada pelo seu parceiro. Ela estaria disposta a fazer qualquer sacrifício, até mesmo mudanças drásticas em sua vida, para manter esse amor.
Le ciel bleu sur nous peut s’effondrer
O céu azul sobre nós pode desabar
Et la terre peut bien s’écrouler
E a terra pode muito bem se desfazer
Peu m’importe, si tu m’aimes
Pouco me importa, se você me ama
Je me fous du monde entier
Não dou a mínima para o mundo inteiro
Os primeiros versos ilustram um cenário apocalíptico, onde até mesmo o céu e a terra podem desabar. No entanto, Piaf declara que nada disso importa desde que ela seja amada, enfatizando a intensidade e a centralidade do amor em sua vida.
Esta devoção é reafirmada na frase Je me fous du monde entier, onde ela expressa que nada mais no mundo tem importância sem o amor de seu parceiro.
J’irais jusqu’au bout du monde
Eu iria até o fim do mundo
Je me ferais teindre en blonde
Eu pintaria meu cabelo de loiro
Si tu me le demandais
Se você me pedisse
J’irais décrocher la Lune
Eu iria até à Lua
J’irais voler la fortune
Eu roubaria a fortuna
Si tu me le demandais
Se você me pedisse
A cantora descreve as ações extremas que estaria disposta a tomar por amor, como viajar até os confins do mundo ou mudar radicalmente sua aparência.
Este trecho enfatiza a flexibilidade e a disposição para se sacrificar pelo relacionamento, indicando que seu amor não conhece limites.
Si un jour la vie t’arrache à moi
Se um dia a vida lhe arrancar de mim
Si tu meurs, que tu sois loin de moi
Se você morrer, se estiver longe de mim
Peu m’importe, si tu m’aimes
Pouco me importa, se você me ama
Car moi, je mourrai aussi
Porque eu também morrerei
Nesses versos, Piaf confronta a possibilidade da morte e da separação. Ela revela que sua vida perderia o sentido sem seu parceiro, a ponto de estar disposta a morrer também, mostrando a profundidade do vínculo emocional.
O conceito de eternidade no amor é reforçado em Nous aurons pour nous l’éternité (Teremos para nós a eternidade), onde a cantora imagina um amor que persiste além da vida terrena.
A letra finaliza com Dieu réunit / Ceux qui s’aiment (Deus reúne / Os que se amam), elevando o amor a um plano espiritual e eterno. Este encerramento reflete uma esperança de que o amor verdadeiro transcende até mesmo a morte e é abençoado por uma força divina.
Hymne à l’amour se tornou um clássico e foi regravada por inúmeros artistas ao longo dos anos, em várias línguas, ganhando novas roupagens e alcançando um público ainda maior.
Em 2024, a memorável versão de Céline Dion emocionou o mundo e reafirmou a força e a beleza dessa canção atemporal.
No Brasil, a música também é conhecida como Hino ao Amor e foi adaptada para o português por Odair Marzano em 1959, após uma primeira versão de Cauby de Brito em 1956.
A versão de Marzano foi regravada por diversos artistas, consolidando a popularidade da canção no país.
Se você gostou de conhecer a história de Hymne à l’amour, também vai querer conferir outras músicas francesas que estão encantando pessoas por décadas!





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