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O Jogo da Sedução e Complexidade em '...'

A música '...' da banda Boris explora temas de sedução, complexidade emocional e a inevitabilidade de se render a certos impulsos. A letra começa descrevendo uma mulher que parece estar destinada a cair e se deteriorar, enquanto sussurra. A imagem de uma 'mulher suada' sugere uma atmosfera de tensão e desejo. A mulher usa táticas que são sua segunda natureza, convidando o narrador para um jogo, possivelmente de sedução ou manipulação. A resistência é inútil, e o narrador se vê incapaz de resistir, sendo 'abduzido' por essa força irresistível.

A metáfora do 'tabuleiro de jogo' é central na música, representando a dinâmica entre o narrador e a mulher. As 'grades quadradas preenchidas' que nunca serão completadas podem simbolizar a complexidade e a natureza interminável desse jogo emocional. A menção a 'seres proibidos' e ao 'tombar dos dados' sugere que este é um jogo arriscado, cheio de incertezas e perigos. A mulher incita o narrador a acelerar, enterrando todo o sofrimento no 'cheiro da pele', o que pode indicar uma tentativa de escapar da dor através do prazer físico.

A letra culmina com o narrador percebendo que tudo foi assimilado, mas ainda assim, ele se sente complicado e confuso. A frase 'nunca sei o que aconteceu, sou tão complicado' encapsula a essência da música: a luta interna entre desejo e razão, e a complexidade das emoções humanas. Boris, conhecido por seu estilo experimental e lírico, utiliza essa música para mergulhar profundamente nas nuances da psique humana, criando uma obra que é ao mesmo tempo intrigante e perturbadora.