Migraine

A luta por autenticidade e liberdade em “Migraine”

Em “Migraine”, BoyWithUke utiliza a enxaqueca como uma metáfora para o peso mental causado por pressões externas e conflitos internos. Logo nos primeiros versos, como “I've been having migraines / I've been waiting for a while to have it my way” (“Tenho tido enxaquecas / Esperei um tempo para fazer do meu jeito”), fica claro que a dor de cabeça representa o acúmulo de expectativas e cobranças, além da dificuldade de encontrar espaço para ser autêntico. O contexto do álbum “Lucid Dreams” reforça que a música é um desabafo sobre saúde mental, identidade e o desejo de se libertar das opiniões alheias.

A letra alterna entre vulnerabilidade e rebeldia. Em “I don't care what you think of me / I just want to be on top” (“Não me importo com o que você pensa de mim / Só quero estar no topo”) e “I've got fifty-five voices saying I gotta do what they all say” (“Tenho cinquenta e cinco vozes dizendo que preciso fazer o que todos dizem”), o artista revela a sensação de ser constantemente julgado e pressionado a seguir padrões, mas também expressa seu desejo de autonomia. O trecho “I don't like when they try controlling me / The thoughts I fight, they can get a little frightening / But I don't mind, if it means I get to be free” (“Não gosto quando tentam me controlar / Os pensamentos que enfrento podem ser assustadores / Mas não me importo, se isso significa que posso ser livre”) mostra que, mesmo enfrentando ansiedade e pensamentos difíceis, ele prefere lidar com isso a abrir mão de sua autenticidade. O tom descontraído de frases como “just a boy acting like a goof” (“apenas um garoto agindo como um bobo”) suaviza o tema, mas não esconde a luta real por autoaceitação e liberdade.