Faça login para habilitar sua assinatura e dê adeus aos anúncios

Fazer login
exibições de letras 531

Confessioni Di Un Malandrino

Angelo Branduardi

Letra

Confissões de Um Malandrinho

Confessioni Di Un Malandrino

Agrada-me despenteado caminhar
Mi piace spettinato camminare

Com a cabeça sobre os ombros como um lúmen
Col capo sulle spalle come un lume

Assim me divirto ao iluminar
Così mi diverto a rischiarare

O vosso outono sem plumas
Il vostro autunno senza piume

Agrada-me que me caia sobre o rosto
Mi piace che mi grandini sul viso

As pedras arremessadas da injúria
La fitta sassaiola dell’ingiuria

Agarro-me somente para me sentir vivo
Mi agguanto solo per sentirmi vivo

À concha do meu cabelo
Al guscio della mia capigliatura

E na mente me retorna aquele pântano
Ed in mente mi torna quello stagno

Que os juncos e o musgo submergiram
Che le canne e il muschio hanno sommerso

E os meus que não sabem que têm
Ed I miei che non sanno di avere

Um filho que compõe versos
Un figlio che compone versi

Mas me querem bem como aos campos
Ma mi vogliono bene come ai campi

À vida, e à chuva de estação
Alla pelle, ed alla pioggia di stagione

Raro será que quem me ofende escape
Raro sarà che chi mi offende scampi

Das pontas da forquilha
Dalle punte del forcone

Pobres genitores camponeses
Poveri genitori contadini

Certamente envelhecestes e ainda temeis
Certo siete invecchiati e ancor temete

O senhor do céu e os lamaçais
Il signore del cielo e gli acquitrini

Genitores que nunca não entenderão
Genitori che mai non capirete

Que hoje o vosso filhinho se tornou
Che oggi il vostro figliolo è diventato

O primeiro entre os poetas do país
Il primo tra I poeti del paese

E agora em sapatos de verniz
Ed ora in scarpe verniciate

E com o cilindro na cabeça ele caminha
E col cilindro in testa egli cammina

Mas sobrevive nele o frenesi
Ma sopravvive in lui la frenesia

De um velho ladrão de campo
Di un vecchio mariuolo di campagna

E a cada um ensina o talho
E ad ogni insegna di macelleria

À vaca se inclina, sua companhia
Alla vacca s’inchina, sua compagna

E quando encontra um cocheiro
E quando incontra un vetturino

Retorna-lhe em mente o seu trabalho natal
Gli torna in mente il suo concio natale

E queria a cauda do cavalo
E vorrebbe la coda del ronzino

Segurar como cauda de vestido nupcial
Regger come strascico nuziale

Quero bem à pátria
Voglio bene alla patria

Ainda que aflita de troncos enferrujados
Benché afflitta di tronchi rugginosi

Me é caro o focinho imundo dos suínos
M’è caro il grugno sporco dei suini

E os sapos na sombra suspirantes
E I rospi all’ombra sospirosi

Estou doente de infância e de recordações
Son malato d’infanzia e di ricordi

E de frescos crepúsculos de abril
E di freschi crepuscoli d’aprile

Parece quase que o bordo se curva
Sembra quasi che l’acero si curvi

Para se aquecer e depois dormir
Per riscaldarsi e poi dormire

Do ninho daquela árvore os ovos
Dal nido di quell’albero le uova

Para roubar subi até o topo
Per rubare salivo fino in cima

Mas será a sua folhagem sempre nova
Ma sarà la sua chioma sempre nuova

E dura a sua casca como antes
E dura la sua scorza come prima

E tu, meu caro amigo velho cão
E tu mio caro amico vecchio cane

Débil e cego te fez a velhice
Fioco e cieco ti ha reso la vecchiaia

E rondas com a cauda baixa no quintal
E giri a coda bassa nel cortile

Ignorando os portões dos celeiros
Ignaro delle porte dei granai

Me são caros os meus furtos de moleque
Mi son cari I miei furti di monello

Quando roubava em casa um pouco de pão
Quando rubavo in casa un po’ di pane

E comia como dois irmãos
E si mangiava come due fratelli

Uma migalha o homem e outra o cão
Una briciola l’uomo ed una il cane

Eu não mudei
Io non sono cambiato

O coração e os pensamentos são os mesmos
Il cuore ed I pensieri son gli stessi

Sobre o tapete magnífico dos versos
Sul tappeto magnifico dei versi

Quero dizer algo que vos toque
Voglio dirvi qualcosa che vi tocchi

Boa noite! A foice da lua
Buona notte! La falce della luna

Tão silenciosa enquanto o ar se faz escuro
Sì cheta mentre l’aria si fa bruna

Da minha janela quero gritar
Dalla finestra mia voglio gridare

Contra o disco da lua
Contro il disco della luna

A noite é tão serena
La notte è così tersa

Aqui, talvez, também morrer não faz mal
Qui forse anche morire non fa male

Que importa se o meu espírito é perverso
Che importa se il mio spirito è perverso

E do meu dorso pende uma luz
E dal mio dorso penzola un fanale

Oh, Pégaso decrépito e bem-humorado
O pegaso decrepito e bonario

O teu galope está agora sem propósito
Il tuo galoppo è ora senza scopo

Cheguei como um maestro solitário
Giunsi come un maestro solitario

E não canto e não celebro que os ratos
E non canto e non celebro che i topi

Da minha cabeça como uva madura
Dalla mia testa come uva matura

Goteja o louco vinho das copas
Gocciola il folle vino delle chiome

Quero ser uma amarela vela
Voglio essere una gialla velatura

Içada em direção a um país sem nome
Gonfia verso un paese senza nome

Adicionar à playlist Tamanho Cifra Imprimir Corrigir
Composição: Angelo Branduardi / Sergej Esenin. Essa informação está errada? Nos avise.
Enviada por Bruno e traduzida por E. Revisões por 2 pessoas . Viu algum erro? Envie uma revisão.

Comentários

Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra

0 / 500

Faça parte  dessa comunidade 

Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de Angelo Branduardi e vá além da letra da música.

Conheça o Letras Academy

Enviar para a central de dúvidas?

Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.

Fixe este conteúdo com a aula:

0 / 500


Opções de seleção