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Fantasmas do Passado (part. Diego Neuro)

Breaking Conspiracy

Letra

    (Audiozumb, BC)
    E nos fizemos ouvir como gritos vindos do fundo do gueto
    Estamos unidos e trouxemos o peso da morte dos índios, da morte dos pretos
    O seu genocídio

    Somos a consequência, fruto nítido do seu preconceito, dos 80 tiros
    Nós saímos ilesos, mas nós somos o filho
    Nós sobrevivemos, e aquilo que vimos
    Não nos esqueceremos jamais, jamais
    Estamos vivos
    (Por enquanto estamos vivos)
    Mas por enquanto estamos vivos (mas por enquanto estamos vivos)

    Prontos pra botar o dedo na ferida
    Lembrar do peso de ser branco, preto, pobre na periferia
    Lembrar do peso de ser preto todo dia, no país mais racista da América latina

    Fantasmas do passado
    Não esqueçam dessas páginas de dor
    E o povo toma o lado dos algozes que só lucram com o horror

    Essa é a resistência armada de palavras na quebrada
    O som que se propaga em peso é a voz que não se cala
    Junta o gueto, veste o preto, dentro do gueto a mensagem é passada
    A mente engatilha, a boca dispara
    Ideias à prova de bala

    E é preciso se erguer
    E é preciso se importar
    Tirar as rédeas da sua mente pra ninguém te controlar
    E é preciso entender que o ódio não te faz melhor
    E quem cultiva o preconceito destrói o mundo ao seu redor

    Prontos pra botar o dedo na ferida
    Lembrar do peso de ser branco, preto, pobre na periferia
    Lembrar do peso de ser preto todo dia, no país mais racista da América latina

    (Você sabe quem é o filho da puta irresponsável)
    (Tá ok?)

    Fantasmas do passado
    Não esqueçam dessas páginas de dor
    E o povo toma o lado dos algozes que só lucram com o horror

    Ouvi dizer que estavam todos mortos
    Por dentro, os olhos cegos insistem em julgar
    Ouvi dizer que só restamos nós
    Na mira, só que ainda fortes pra continuar
    Ouvi dizer que estavam todos mortos
    Ouvi dizer que só restamos nós
    Aqui estamos pra contar os corpos
    Gritando juntos: Nós somos a voz!

    Fantasmas do passado (fantasmas do passado)
    Não esqueçam dessas páginas de dor (desde muito, muito tempo o povo preto vem sofrendo com a dor, vivendo filme de horror na mão do colonizador, usurpador)
    (Vivem sequelas) e o povo toma o lado (vivem sequelas)
    (Foram jogados no morro, no gueto, favela, nos becos, vielas, foram excluídos das telas) dos algozes que só lucram com o horror

    Por ter a pele da cor do Mandela
    Por ter a pele da cor do Mandela
    A mesma cor da pele
    A mesma cor da pele
    Por ter a pele da cor do Mandela


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