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Incêndio

Brock Ansiolitiko

Incendio

Sale humo gris
De este silencio
Que arde por dentro
Entrar en mí
No causa efecto
Soy yo el incendio

Tanto buscarme me agota
Dame directrices, me pierde la boca
¿O no lo ves que está rota?
Me dije Be Water y no vi la roca
Ahora que el viento no sopla
No vuela la capa
Me vuelan las copas

Y en el espejo una nota
Esta vida mata, cámbiala por otra
El hecho de que sepa llevar alas
No significa que domine el viento

El hecho de que ponga buena cara
No significa que no duela adentro
Hay palabras que suenan como balas
Y balas que te suenan con el tiempo

A veces no se trata de esquivarlas
Sino de dar en el lugar correcto
Apunté a la Luna y me corté el dedo
Para no buscar en lugares donde no llego

Llámame Majara, que no me la juego
Ya quemé el Valhalla por llamarte cielo
Mírame a la cara y háblame de miedo
La llama me ama de tanto jugar con fuego
Y por más que repito lo de tardo, pero vuelvo

Lo cierto es que nunca volví vivo de un recuerdo
Y ti-ti, tiemblo
Como un cóctel molotov, como la mente al sentir
Una terapia de shock

¿Y cómo acabo este film
Cómo le digo a este block?
Que ni esto va a ser un hit
Ni yo una estrella de rock

Que me cansé de latir, como si fuese un robot
Buscando un corazón gris en una Kalashnikov
Y mi cabeza a un obús, y mi tristeza un headshot
Tierra llamando a Jesús, solo pregunta por Brock
Sale humo, de este silencio que arde por dentro (y no dejaré de arder)

Y entrar en mí
No causa efecto
Soy yo en incendio
(Me quedo sin querer)

Posiblemente no importa
Pero cada letra se me queda corta
En la mesita, una mota de polvo pregunta
¿Dónde está tu ropa?

Y en la ventana, una gota, un navío roto
Y alas de gaviota
Y en el espejo, otra nota
No le llames viento a todo lo que flota
Todos los corazones sangrantes
Tenemos un poco de invencibles

Quien murió la boca de un gigante
Aprecia vida en lo imperceptible
Y no, no pienso correr hacia los guantes
Y hacer las canciones que me piden
Porque sé que el arte ya no es arte
Desde el instante en que ya no es libre

De mí para mí, de mí para aquel
De aquel para ti, de ti para quién, para qué fingir
Si el vacío se ve, somos lo que queda
De todo lo que se fue
Ya veía venir, que me vería volver

Si no escribí pa’ subir, escribí pa’ no caer
Para aprender a vivir, hay que querer aprender
Para aprender a morir, hay que aprender a querer
Y hoy quiero hacer lo que siento, no lo que más se sienta

Se libre como el viento por la M40
Lleve mis sentimientos a la lista de ventas
Por pensar en mis cuentos y pensar en las cuentas
Quien se ha visto en el lodo, reconoce mi puerta
Cicatrices cerradas, para heridas abiertas

Me he alejado de todo y una cosa se cierta
Quién te quiere, te busca, quién te ama, te encuentra (te encuentra)
Sale humo gris
De este silencio que arde por dentro (y no dejar de arder)
Entrar en mí (y entrar en mí)
No causo efecto
Soy yo el incendio

Y me voy de mí corriendo a toda velocidad
Pero siempre voy más lento que esta puta ansiedad
Y me salgo a reír y me vuelvo a llorar
Siempre cian, siempre gris, siempre es ruin, siempre igual
Y otra vez me siento muerto haciendo vida social
Porque por dentro me suelto, nadie es tan especial

¿Cómo estás? ¿Cómo fue?
Cuéntame, ¿cómo va?
Super mal, super bien, super superficial
Y me voy, y de mí corriendo a toda velocidad
Pero siempre voy más lento que esta puta ansiedad

Incêndio

Sai fumaça cinza
Desse silêncio
Que arde por dentro
Entrar em mim
Não causa efeito
Sou eu o incêndio

Tanto me procurar me cansa
Me dá direções, me perco na fala
Ou não vê que tá quebrada?
Me disse Seja Água e não vi a pedra
Agora que o vento não sopra
Não voa a capa
Me voam as taças

E no espelho uma nota
Essa vida mata, troca por outra
O fato de saber levar asas
Não significa que eu domine o vento

O fato de fazer boa cara
Não significa que não doa por dentro
Tem palavras que soam como balas
E balas que te soam com o tempo

Às vezes não se trata de esquivá-las
Mas de acertar no lugar certo
Apontei pra Lua e cortei o dedo
Pra não buscar em lugares que não chego

Me chama de Majara, que não me arrisco
Já queimei o Valhalla por te chamar de céu
Olha na minha cara e fala de medo
A chama me ama de tanto brincar com fogo
E por mais que repita que demoro, mas volto

O certo é que nunca voltei vivo de uma lembrança
E ti-ti, tremo
Como um coquetel molotov, como a mente ao sentir
Uma terapia de choque

E como acabo esse filme
Como digo a esse bloco?
Que nem isso vai ser um hit
Nem eu uma estrela do rock

Que cansei de bater, como se fosse um robô
Buscando um coração cinza numa Kalashnikov
E minha cabeça a um obus, e minha tristeza um headshot
Terra chamando Jesus, só pergunta por Brock
Sai fumaça, desse silêncio que arde por dentro (e não vou parar de arder)

E entrar em mim
Não causa efeito
Sou eu em incêndio
(Me quedo sem querer)

Possivelmente não importa
Mas cada letra me parece curta
Na mesinha, uma poeira pergunta
Cadê suas roupas?

E na janela, uma gota, um navio quebrado
E asas de gaivota
E no espelho, outra nota
Não chame de vento tudo que flutua
Todos os corações sangrantes
Temos um pouco de invencíveis

Quem morreu na boca de um gigante
Aprecia a vida no imperceptível
E não, não penso em correr pros luvas
E fazer as canções que me pedem
Porque sei que a arte já não é arte
Desde o instante em que já não é livre

De mim pra mim, de mim pra aquele
De aquele pra ti, de ti pra quem, pra que fingir
Se o vazio se vê, somos o que resta
De tudo que se foi
Já via vindo, que me veria voltar

Se não escrevi pra subir, escrevi pra não cair
Pra aprender a viver, tem que querer aprender
Pra aprender a morrer, tem que aprender a querer
E hoje quero fazer o que sinto, não o que mais se sente

Seja livre como o vento pela M40
Leve meus sentimentos pra lista de vendas
Por pensar nas minhas histórias e pensar nas contas
Quem já se viu na lama, reconhece minha porta
Cicatrizes fechadas, pra feridas abertas

Me afastei de tudo e uma coisa é certa
Quem te quer, te busca, quem te ama, te encontra (te encontra)
Sai fumaça cinza
Desse silêncio que arde por dentro (e não vou parar de arder)
Entrar em mim (e entrar em mim)
Não causa efeito
Sou eu o incêndio

E eu vou de mim correndo a toda velocidade
Mas sempre vou mais lento que essa puta ansiedade
E saio pra rir e volto a chorar
Sempre ciano, sempre cinza, sempre ruim, sempre igual
E de novo me sinto morto fazendo vida social
Porque por dentro me solto, ninguém é tão especial

Como você está? Como foi?
Me conta, como vai?
Super mal, super bem, super superficial
E eu vou, e de mim correndo a toda velocidade
Mas sempre vou mais lento que essa puta ansiedade

Composição: Brock ansiolitiko