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Letra

    Não vou trair o que eu fui o que eu sou
    Fortalecido pela fé e a graça de nosso Senhor.
    Então, demoro nego, vem pra conferir
    Na louca arte do RAP eu vim ora confundir.
    Sou " H" pode ligar, é desse jeito
    Não fujo da responsa o RAP levo no peito.
    Troco por nada, o RAP a minha história
    A minha trajetória de sufoco e glória.
    Porra mais ta fóda me peguei em pensamento
    A resistência não vem de fora, vem de dentro.
    São várias provações, uma atrás da outra
    Surpresas e armadilhas...
    Treinado pra guerra, soldado combatente
    Lutando pro ano seguinte ser diferente.
    Sou persistente, não tenho medo da verdade
    Que persegue os irmãos aos quatro cantos da cidade.
    Que se esconde, estão aonde, porque fugiu ?
    Eu to na luta até agora desde dois mil.
    Me esquivando do olhos que me seguem
    Me desejando o mal pra que eu me desespere.
    Sei que deus me protege meus passos a ele segue
    Escute me senhor aqui eu faço a minha prece
    Assim sigo na febre pra quem desacreditou
    Um dia após o outro provando o que eu sou.

    Sofrido sim mas derrotado, nunca, jamais
    Descriminado mas provando que sou capaz.
    Estilo vagabundo, bombeta , calça larga
    Corrente no pescoço, ataca Zé pouvinhada.
    Um, nove, oito, nove, a data confirmada
    Carimbada, moleque nasce pronto pra batalha.
    Escalado no time, camisa nove, centro-avante
    Adiante sempre ligeiro a todo instante.
    Com os pilantra eu to ligado, não adiante
    Que só fala, mas como diz o mano é só garganta!
    Esses não me derruba também nem me abala
    Quando chega dando tapa nas costa falando que é camarada.
    Que nada, não esqueço das porrada
    Que da vida eu levei e não pude falar nada.
    Ávida é macabra, to no fio da navalha
    Microfone a arma, minha mente aqui não falha
    E o RAP aqui não para, e pode acreditar é meu estilo
    Estilo vagabundo descendo o morro e subindo.
    Fui no Jd. Diogo, na casa do parceiro
    Falou da sua vida sofrida, mais um guerreiro.
    Os calos vem nos dedos, as bolhas vem no pé
    A mensagem é verdadeira acredite se quiser.
    Assim sigo na febre pra quem desacreditar
    A corrente aqui não quebra, firme e forte eu vou lutar.

    Um filho único, bastardo, criado por mãe solteira
    Meus pêsames, sou exemplo de família brasileira.
    A conseqüência comum e descartável do Brasil
    Sou só mais um cantando RAP guarulhense no Vila Rio.
    Do castelo de dois cômodos, o meu fronte, a minha história
    Das batalhas diárias, longas jornadas, sentindo o cólera.
    Ouvi palavras rasgando a carne, ataque dos ímpios covardes
    Sem álibi, classe, valor, dignidade.
    Tantas horas sem dormir, tantas madrugadas sem sono
    Sem rumo, refém do desespero e abandono.
    Não importa a condição o moleque aprende
    Sifões e má influência brilham mais que um pai ausente.
    No mundo que do berço te condena, entenda
    Forte é quem agüenta, enfrenta encara as conseqüências.
    Pru cê vê, o que forjou o presente, se tornou combatente
    Sou quem sou assim sigo em frente.
    Duas décadas de idade, no auge, na boca o sabor da maldade.
    Parceiro te digo, hoje eu sei, o que motiva pra ter mais coragem.
    Deus, mãe, mulher, casa, trabalho, meus sonhos não realizados.
    Mano H do meu lado, dois microfone a base e um palco.
    C4


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