exibições de letras 365

Cocoa

CAIM

Letra

    Valsa baiana de dramas, estradas que dizem da vida cigana
    Poitar da vila daquele lugar, que de sereno foi-se do luxo ao foice
    Enforcar mortos e prontos pra contra-atacar, cactos, relatos, relapsos de lá.
    Vassalos e suseranos, pensados enganos reinando o poder do cacau
    Segredos alveolados, piratas de longe a invejar o matagal
    Da corte cacaulistina brota a nobreza nordestina

    Cocoa no pau de arara, aiá
    Sob o suor da negrura
    Luxemburguês sem candura
    Luxuriando a negrada, aiá

    Fardos nos lombos cansados, tão coisificados nas graças da ostentação
    Altivez sobrepujada, que contrariada pela fome a bater no portão
    Otimizando o operário a ser um patrono agrário.
    Extirpada a temperança, instiga a lembrança das castas de todo o lugar
    Riqueza nunca alcançada por toda a negrada que faz produzir o roçar
    Alucinógena vida, entorpecente ferida

    Cocoa, fausto mortífero
    Curando a dor na liamba
    Sagrada cacau nobreza
    Minguando a toda desgraça, aiá.

    Sobre o chão marcas de lá
    Casa-grande desmoronar
    Cofres pujantes a se bater
    No errante ter ou não ter.
    Sob a mais nova subcondição
    Inconformados ex-barãos
    Suicidas de Ipiaú
    Vidas já enterradas sem virtú
    Epitáfios diferentes dos congênitos

    Composição: Achiles Neto / Marcus Marinho. Essa informação está errada? Nos avise.

    Comentários

    Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra

    0 / 500

    Faça parte  dessa comunidade 

    Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de CAIM e vá além da letra da música.

    Conheça o Letras Academy

    Enviar para a central de dúvidas?

    Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.

    Fixe este conteúdo com a aula:

    0 / 500

    Opções de seleção