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Agonília

CAIM

Letra

    Há três peixinhos lá no sertão
    Convulsando forte no chão
    Sem dor e sangue que não produz leucócitos
    Ah, peixinhos esfomeados
    Enrugados de seca vão
    Estabanar a seca que protege o eutrófico

    Agoniza a própria morte
    Batendo as nadadeiras falsa forte
    Mortificados na temperatura
    Dura vontade de poder nadar
    Adentrando pelo racho
    Respirando o ar que vem da rachadura
    Racha-pele toda a sua envergadura
    É pela fome de poder nadar

    Há um varão e dois resignados
    Carregando aquele pesar
    Aprender a forma de viver entre os trópicos
    Ah, só mais dois – um não mais é peixe
    Desencarna e já pode andar
    Vive em outra dimensão nos países nórdicos

    Verbaliza a própria vida
    Vantajando o mar que vem de sua história
    Não há mar no mundo que lhe vangloria
    Além da poça sertanejantista
    Escarnece toda a vila
    Que de contos faz o seu pestanejar
    Há peixes no mundo que não vivem em ilhas
    Há peixes que não conseguem mais nadar

    Redes e canoas não podem mais lhe raptar
    Há uma liberdade boa pra quem tem morada no mar
    Liberdade de escolher um cantinho pra se esconder
    Sem pensar que chamarizes podem amadurecer...

    Composição: Achiles Neto / Marcus Marinho. Essa informação está errada? Nos avise.

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