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O Licurgo e o Ramão (part. Luís Fernando Villela)

Cândido Alves

Letra

    No comércio das formigas
    Trabalharam dois costeiros
    Forcejando o dia inteiro
    No vai e vem das aduanas

    Sempre juntos de chalana
    O Licurgo e o Ramão
    Do tempo da construção
    Da ponte de Uruguaiana

    Viveram no cotidiano
    Leva e trás de mantimentos
    Tempo a fora e rio adentro
    Na chalana de madeira

    Pra remar na corredeira
    No braço força de touro
    Na mão o remo de louro
    Ranchendo na toledeira

    Rema Ramão, rema que vai
    Rema Licurgo, pelo Uruguai
    Rema Ramão, rema que vai
    Rema Licurgo, pelo Uruguai

    Eis que um dia um temporal
    Pegou os dois no caminho
    Mesclando no borburinho
    Farinha, azeite e verdura

    Fidel, sabão e hachura
    Água do rio e granizo
    Mas foi menor o prejuízo
    E a sorte das criaturas

    No furor da tempestade
    O pior aconteceu
    A madeirada meu Deus
    Emborcou a embarcação

    O rio ganhou de mão
    A última das partidas
    Na carpeteada da vida
    Do Licurgo e do Ramão

    Eu vejo dois atalaias
    Nos pilares do portal
    Da ponte internacional
    Ao trio de prontidão

    Com o remo firme na mão
    Bruta montes lado a lado
    De pés no chão concretados
    O Licurgo e o Ramão

    Composição: Atahualpa Dornelles (Tatuzinho) / José Luiz Souza Vilela. Essa informação está errada? Nos avise.

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