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Perdão, Emília

Caramuru

Letra

    Já tudo dorme, vem a noite em meio
    A turva Lua vem surgindo além!
    Tudo é silêncio, só se vê nas campa
    Piar o mocho no cruel desdém

    Depois de um vulto de roupagem preta
    No cemitério com vagar, entrou!
    Junto ao sepulcro, se curvando a medo
    Com triste frases nesta voz falou

    Perdão, Emília, se manchei-te a vida
    Se fui impuro, fui cruel, ousado!
    Perdão, Emília, se manchei teus lábios
    Perdão, Emília, para um desgraçado!

    Monstro tirano, pra que vens agora
    Lembrar-me as mágoas que por ti passei?
    Lá nesse mundo em que vivi chorando
    Desde o instante em que te vi, amei!

    Chegou a hora de tomar vingança
    Mas, tu, ingrato, não terás perdão!
    Deus não perdoa as tuas culpas todas
    Castigo justo tu terás, então!

    Perdi as flores da capela virgem
    Cedi ao crime, que perdão não tinha!
    Mas, tu, manchaste a minha vida honesta
    Depois, zombaste da fraqueza minha!

    Ai, quantas vezes, aos meus pés curvados
    Davas-me prova de teu puro amor!
    Quando eu julgava que fosses um anjo
    Não via fundo nesse olhar traidor!

    Mas, vês agora que um corpo em terra
    Tombou de chofre, sobre a lousa fria!
    E quando a aurora despontou na lousa
    Um corpo inerte, a dormitar, se ouvia

    Perdão, Emília se manchei-te a vida
    Se fui impuro, fui cruel, ousado
    Perdão, Emília se perdei teus lábios
    Perdão, Emília para um desgraçado

    Composição: José Henrique Da Silva / Juca Pedaço. Essa informação está errada? Nos avise.

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