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Letra

    Tornei-me um ébrio e na bebida busco esquecer
    Aquela ingrata que eu amava e que me abandonou.
    Apedrejado pelas ruas vivo a sofrer.
    Não tenho lar e nem parentes, tudo terminou...
    Só nas tabernas é que encontro meu abrigo.
    Cada colega de infortúnio é um grande amigo,
    Que embora tenham, como eu, seus sofrimentos,
    Me aconselham e aliviam o meu tormento.
    Já fui feliz e recebido com nobreza. Até
    Nadava em ouro e tinha alcova de cetim
    E a cada passo um grande amigo que depunha fé,
    E nos parentes... confiava, sim!
    E hoje ao ver-me na miséria tudo vejo então:
    O falso lar que amava e que a chorar deixei.
    Cada parente, cada amigo, era um ladrão;
    Me abandonaram e roubaram o que amei.
    Falsos amigos, eu vos peço, imploro a chorar:
    Quando eu morrer, à minha campa nenhuma inscrição.
    Deixai que os vermes pouco a pouco venham terminar
    Este ébrio triste e este triste coração.
    Quero somente que na campa em que eu repousar
    Os ébrios loucos como eu venham depositar
    Os seus segredos ao meu derradeiro abrigo
    E suas lágrimas de dor ao peito amigo.

    Composição: Vicente Celestino. Essa informação está errada? Nos avise.

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