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Ferro Velho

Carlos do Carmo

Letra

    Sempre de manhã
    Com chuva o com Sol
    Mesmo com frio ou nevoeiro
    De ruela em ruela
    Ouvíamos gritar
    Mulheres, chegou o ferro-velho

    Todas as manhãs
    Te víamos chegar
    Com um grande saco as costas
    Um charuto apagado
    O fato esfarrapado
    A boina e as alpargatas

    E sempre, sempre seguido
    Pela canalha miúda
    Eras a grande atracão
    Tu, o teu saco e a canção

    Sou o ferro-velho
    Compro garrafas, papéis
    Compro trapos, roupa usada
    Guarda-chuvas, móveis velhos

    Sou o ferro-velho
    Os miúdos gritam e cantam
    Mau, já começo a chatear-me
    Não lhes disse a vossa mãe
    Que eu sou o homem do saco?

    E até à noite assim
    De ruela em ruela
    E de taverna em taverna
    Com os teus papéis
    Encharcado em vinho
    Voltarás à tua casa

    E voltas feliz
    Porque todo compraste
    O peixe, o vinho, uma vela
    E o pouco de amor
    Que te deve ter dado
    Qualquer rameira velha

    Sem tempo para pensar
    Toca a dormir. Sopra a vela
    E amanhã pelo mundo girar
    Tu, teu saco e a canção


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