Araca Paris
Pianté de Puente Alsina para Montmartre,
que todos me batían pa' m'engrupir:
"Tenés la pinta criolla pa' acomodarte
con la franchuta vieja que va al dancing...
¿Qué hacés en Buenos Aires? ¡No seas otario!
Amura esas milongas del Tabaris;
con tres cortes de tango sos millonario,
morocho y argentino, rey de París."
Araca, París... Salute, París...
Raja de Montmartre; piantate, infeliz...
Araca, París... Salute, París...
Franchutas cancheras que vas a engrupir;
venite pa'l barrio y tendrás milongas,
milongas ligeras que saben amar...
Araca, París... Salute, París...
Raja de Montmartre; piantate, infeliz.
Agarré tren de lujo, loco'e contento,
"Bonsoir, petit, je t'aime... Tu es mon coco!"
con una gorda tuerta con mucho vento,
que no me dio ni medio y me amuró.
Tiré la bronca y, guapo, pa' darme corte,
un tortazo en su ñata se le incrustó...
Comisaría, jueces y el pasaporte,
y terminó mi vida de gigoló.
Araca Paris
Fugi de Puente Alsina pra Montmartre,
que todo mundo tentava me enganar:
"Você tem a cara de quem se dá bem
com a gringa velha que vai pro baile...
O que você tá fazendo em Buenos Aires? Não seja otário!
Deixa essas milongas do Tabaris pra lá;
com três passos de tango você é milionário,
moreno e argentino, rei de Paris."
Araca, Paris... Saúde, Paris...
Cai fora de Montmartre; vaza, infeliz...
Araca, Paris... Saúde, Paris...
Gringas descoladas que você vai enganar;
vem pro meu bairro e vai ter milongas,
milongas leves que sabem amar...
Araca, Paris... Saúde, Paris...
Cai fora de Montmartre; vaza, infeliz.
Peguei um trem de luxo, todo feliz,
"Boa noite, pequena, eu te amo... Você é meu tesouro!"
com uma gorda manca cheia de vento,
que não me deu nada e me deixou na mão.
Fiquei puto e, valente, pra me vingar,
um tapa na cara dela eu dei...
Delegacia, juízes e o passaporte,
e acabou minha vida de gigolô.
Composição: Carlos Cesar Lenzi / Julio Collazo