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Letra

    Talvez que eu morra na praia
    Cercado em pérfido banho
    Por toda a espuma da praia
    Como um pastor que desmaia
    No meio do seu rebanho

    Talvez que eu morra dum tiro
    Castigo de algum desejo
    E que a mercê desse tiro
    O meu ultimo suspiro
    Seja o meu primeiro beijo

    Talvez que eu morra entre grades
    No meio duma prisão
    E que o mundo, além das grades
    Venha esquecer as saudades
    Que roem meu coração

    Talvez que eu morra no leito
    Onde a morte, é natural
    As mãos em cruz, sobre o peito
    Das mãos de Deus tudo aceito
    Mas que eu morra em Portugal

    Composição: Alain Oulman / Pedro Homem de Mello. Essa informação está errada? Nos avise.

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