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Punhal da Saudade

Catira Brasil

Letra

    Tem dias que eu fico triste com os ares do mê de agosto
    Coração fica amarrado e o pranto rola no rosto
    Eu que éra tão alegre pra tudo eu éra disposto
    Hoje eu vivo aborrecido pra mais nada tenho gosto
    Os prazeres pra mim morreram hoje só resta desgosto
    Quando eu escuto dois peitos cantando aduetado
    De tanto que eu apreceio chego a sonhar acordad
    No espelho da mente eu vejo a terra que eu fui criado
    E os tempos da mocidade que sempre será lembrado
    E os anos se encarregaram de sepultar no passado
    Vejo as noites de luar e as campinas orvalhadas
    As estrelas sintilantes no romper da madrugada
    Rojão subindo pros ares e as festanças animadas
    E os catireiros dançando de bota e espora prateada
    Eu com a viola no peito cantando modas dobradas
    Vejo os parentes e amigos e os meus pais que eu tanto quis
    Nós ali tudo reunido naquele mundão feliz
    Agora no fim da vida lembrando tudo o que eu fiz
    A malvada da saudade no peito faz cicatriz
    Quanto mais quero esquecer mais ela cria raiz
    Neste mundo de ilusão nossa vida é uma estrada
    A morte é o maior presente pra quem não espera mais nada
    Feliz de quem já venceu a mais longa caminhada
    Já não sente mais no peito as profundas punhaladas
    E o punhal da saudade crava na mente cansada


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