Burbujas

Bolhas

Burbujas

Sua vida foi um pedaço de novela,Tu vida fue un pedazo de novela,
dolorida de sonhar e de amar.dolida de soñar y de querer.
A angústia do subúrbio foi sua escola,La angustia del suburbio fue tu escuela,
e um tango te ensinou a ser mulher...y un tango te enseñara a ser mujer...
Alguma vez um homem te enganouAlguna vez un hombre te mintiera
na página feliz do coração...la página feliz del corazón...
Bolhas da sua trança e da sua saia,¡Burbujas de tu trenza y tu pollera,
cruzando ao entardecer o beco!cruzando en un ocaso el callejón!

Bolhas,Burbujas,
de noites distantes, bruxasde lejanas noche brujas
que nas ondas você desfaz...que en las olas desdibujas...
BolhasBurbujas
de champanhe e de quimerasde champán y de quimeras
borbulhando passageiras...borboteando pasajeras...
Bolhas!...¡Burbujas!...
Como o sonho de um segundoComo el sueño de un segundo
que se foi quando fez mal...que se fue cuando hizo mal...
Como o tango vagabundo.Como el tango vagabundo.
Como o tango vagabundo¡Como el tango vagabundo
do seu mundo de cristal!de tu mundo de cristal!

Você chorou a mentira da glóriaLloraste la mentira de la gloria
e foi um eco a mais, que se calou...y fuiste un eco más, que enmudeció...
Que triste e que pequena foi sua históriaQue triste y que pequeña fue tu historia
concluída entre as sombras de um calçadão...concluida entre las sombras de un malecón...
Bolhas sobre a água de algum porto¡Burbujas sobre el agua de algún puerto
tão vã foi querer como sonhar!...tan vano fue querer como soñar!...
Seu nome é uma canção que já está morta.Tu nombre es un cantar que ya está muerto.
Sua voz é um silêncio que esconde o mar...Tu voz es un silencio que esconde el mar...