Patrona
Su grito fuerte y guarango
va pregonando las ristras;
para él las calles son pistas
donde hay que ir bailando un tango...
¡Ajo y cebolla, patrona!...
Y se levanta la faja,
porque si no se le baja
el pantalón de cambrona...
¡Patrona!... Moza donosa
que rebosa de dulzura.
Traigo una ristra olorosa
como rosa reventona.
¡Patrona!... ¿Por qué no chista?
No se haga la remolona.
¡Le dejo a veinte la ristra!...
¡Compre una ristra, patrona!...
Se viene como sin ganas,
lento, seguro y dichoso.
Para él no ha bache, ni pozo,
cerrazón, ni resolana...
-¡Ajo y cebolla, mi ñata!...
Y el chamberguito acomoda,
según lo manda la moda
del barrio de la al alpargata...
Patrona
Seu grito forte e barulhento
vai anunciando as ristras;
para ele as ruas são pistas
onde tem que se dançar um tango...
Alho e cebola, patroa!...
E levanta a faixa,
porque se não descer
as calças de cambrona...
Patrona!... Moça formosa
que transborda de doçura.
Trago uma ristrinha cheirosa
como rosa estourada.
Patrona!... Por que não fala?
Não fique fazendo de difícil.
Deixo a ristrinha a vinte!...
Compre uma ristrinha, patroa!...
Ela vem meio sem vontade,
lenta, segura e feliz.
Para ele não tem buraco, nem poço,
nenhum bloqueio, nem sol forte...
- Alho e cebola, minha linda!...
E o chapéuzinho ajeita,
como manda a moda
do bairro da alpargata...