395px

Morre de Amor

Cátulo Castillo

Se muere de amor

Negro borrón de tus trenzas,
pálida luz de tu cara,
por cien caminos de ausencia
regresan tus voces
como una lejana eanción.
Yo te encerré en el recuerdo,
yo te trencé en la nostalgia,
y en una esquina del tiempo
te até a mi guitarra
con una oración.

Por el callejón dormido
no llegó tu cara blanca,
y en un rincón del olvido
mi llanto vencido
buscó la esperanza.
Noche oscura de tu pelo
que pintó mi espera larga.
Noche oscura de este sueño
que en una guitarra
se muere de amor.

Me llevarán detrás tuyo,
se encenderá la mañana
con un perfume de yuyo,
y en una guitarra
vendrá una lejana canción.
Podré tomar tu silencio
con estas manos heladas
y por las calles del viento
seré una nostalgia
buscándote a vos.

Morre de Amor

Negro borrão das suas tranças,
fraca luz do seu rosto,
pelos cem caminhos da ausência
voltando suas vozes
como uma canção distante.
Eu te prendi na memória,
eu te enreduei na nostalgia,
e em uma esquina do tempo
te amarrei à minha guitarra
com uma oração.

Pelo beco adormecido
não chegou seu rosto claro,
e em um canto do esquecimento
meu choro vencido
buscou a esperança.
Noite escura do seu cabelo
que pintou minha longa espera.
Noite escura deste sonho
que em uma guitarra
morre de amor.

Me levarão atrás de você,
se acenderá a manhã
com um perfume de capim,
e em uma guitarra
virá uma canção distante.
Poderei pegar seu silêncio
com essas mãos geladas
e pelas ruas do vento
serei uma nostalgia
te procurando.

Composição: