Ventanal

Janela

Ventanal

Janela, janela,Ventanal, ventanal,
cristal do tempo vago.cristal del tiempo vano.

Sua mão,Tu mano,
a magnólia da sua mão,la magnolia de tu mano,
desmaiada na lamadesmayada en el fangal
do bairro irmão.del barrio hermano.

Janela, janela,Ventanal, ventanal,
seu maltu mal
chorava ao piano.lloraba al piano.

E tudo tão simplesY todo tan sencillo
e tão distantey tan lejano
como o grilo e o verão,como el grillo y el verano,
como você e como eu.como vos y como yo.

Sei que é impossível e que não há nada.Sé que es imposible y que no hay nada.
Sei que já não existe sua sacada.Sé que ya no existe tu balcón.
Sei que na sua esperança despedaçadaSé que en tu esperanza desgarrada
a janela alucinada se fechou.la ventana alucinada se cerró.

Volte a percorrer o mesmo caminho,Vuelve a recorrer la misma senda,
me deixe te aquecer, coração.déjame abrigarte, corazón.
Me chame mais uma vez pra eu entenderLlámame otra vez para que entienda
que sua voz em um caminho me esperou.que tu voz en una senda me esperó.

Janela, janela,Ventanal, ventanal,
no fim,total,
chegou o invernollegó el invierno
molhando aquele eternomojando aquel eterno
verso ternoverso tierno
que foi luz sentimentalque fue luz sentimental
no seu caderno.en tu cuaderno.

Janela, janela,Ventanal, ventanal,
já sei que foi a vida,ya sé que fue la vida,
e tudo em um finaly todo en un final
de adeus pequeno,de adiós pequeño,
donde você estava como um sonhodonde estabas como un sueño
ferida em seu tecido.malherida en tu percal.