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Cypher On Garden (part. Ruzika e Falatuzetrê)

Cauê Moura

Letra

    E de quebrada em quebrada
    Eu sigo na caminhada
    Eu sei que em cada levada
    Inspiro a molecada

    Um homem não pode perder a dignidade
    Um brinde pra quem fecha de verdade

    Respeito quem é
    Eu nunca fui do crime
    Favela também pode
    Ter Ferrari e Lamborghini

    Mas tu não vai pensando
    Que a vida é tipo um filme
    Batalhe e tu conquista
    Se não o mundo te oprime

    A vida é trem bala
    Aos santos oxalá
    Senhor Jesus não deixa
    Os inimigos me tocar

    Sai coisa ruim pra lá
    Meu time vai chegar
    No topo do topo do topo
    Pra ninguém alcançar

    Ostentar por um dia
    É tipo viver de imagem
    Aprende a favela é mais
    Favela na verdade

    Nós anda de havaianas
    Dentro da comunidade
    Não calam minha voz
    Mas privam minha liberdade

    Começo tipo JK
    Os caras não sabem o que eu sei
    Muito problema pouca solução
    E a preocupação é a tal cura gay

    Longe de falsidade
    Vou me manter assim
    Eu tô sem crédito no telefone
    E não vou ligar pra quem fala mal de mim

    Eu não quero treta
    Só sou muita treta
    Me mantenho no tom cheio de orgulho
    Nesse bagulho se bater de frente eu debulho

    Me ataca e diz que é bom
    Diz que tem o dom
    Mas ouvindo seu som
    É a única vez que durmo no seu barulho

    Tipo Gueto Bruno
    Na proteção de Jah
    Parei de pedir paz
    E ganhei muita força pra poder trocar

    Faz tempo que tô bem trash
    Pensamento ligeiro é Flash
    Fi, é tudo no meu nome
    Tu não tem que ser o Johnny para faturar o cash

    Um dia vou de Camaro
    Mesmo se ficar caro
    Ser um exemplo a frente do tempo
    Estratégia Shikamaru

    Minha cruz eu vou carregar
    Posso não ser Jesus
    Mas tem gente que comeu do meu peixe
    E mesmo assim quer me crucificar

    Eles loucos pra que eu pare
    E eu ralando como um aprovado em Oxford
    Pensou que eu queria Ferrari motor turbinado
    Mas ó quis Ford

    Escort Hobby pra eu fazer minhas responsa
    Em trampo fixo
    Correr atrás das onça ir pro jiu-jitsu
    Que é meu esporte hobby

    Chegamos a beira do abismo
    Que excita egoísmo e pouco importa o pobre
    O consumismo grita: Tem que ter!
    Se não tem sorte? Roube!

    Só os fortes sobem sem aporte snobe
    Se houver desnorte na subida da escada
    Vai cair igual a net da quebrada
    Quando os noias cortam o cobre

    E na mansão de porta nobre
    Tá o que transporta o cofre e a côrte encobre
    E faz com que aqui falte comida e vida
    Mas que a morte sobre (sobre nós)

    A viatura descendo a ladeira
    Com quatro na corja, abafa a baga
    Vocês estão preocupados com Raffa Moreira
    Enquanto os cana forja mais um Rafa Braga

    E eu vim de Fox pra cá
    E ó que se não se cuidar
    Vai parar no oxi

    Sem vacilar
    Pra não levar uns boxe
    Pra acordar
    Do modo loque seu

    Sonho é andar de Evoque cinza
    No rosto evoke e brisa
    No camarote frisa

    Então foque-se e evoque
    Seu samurai pra lutar
    Mesmo que sufoque
    Se ainda há ar no estoque, vá!

    Force que vem mais pela frente
    Nunca deixe que a corrente te enforque, fi

    E aí?
    Se preparou pra se tornar?
    Um abençoado acentuado
    Pique as proparoxítona

    Demorei mas cheguei
    Não tem mais jeito, já tô sufocado
    Vamos dropar umas bombas
    Nesse bando de arrombado

    O verso tá calibrado
    O beat chegou pesado
    O sangue no olho espirra na beca
    Do mano que fica chocado

    Cauêzão atirando pros lados
    Sempre caótico e desenfreado
    A caminho de Valhala
    Tamo brilhante tamo cromado

    Só que não tamo aqui pra dar glória
    Vamos curtindo o rolê sossegado
    É a glória que me vê e fala
    Vixi, embaçado!

    Se fosse pra ser carismático
    Eu tava tentando falar igual pirralho
    Desbaratina que o mundo é uma bosta
    Manda o universo todo pro caralho

    Somos tipo Vingadores
    Pra quebrar tudo na festa de porcos
    Com double de cocaína
    E open-bar de habeas corpus

    Por mim todos mortos
    Não quero saber de comédia
    Que pra manter uma vida de luxo
    Não liga de pôr a do outro na merda

    Mas a vingança é um prato um bom
    De comer gelado
    Tipo o que sobrou
    Do seu cadáver degolado

    É a poesia que me faz sentir bem
    Parece que achei esse beat na nuvem
    Cês querem ouvir um som pesado aqui, então tem
    Olha eu aqui de novo do lado do Garden


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