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Pernoite

Cazêro Rep

Letra

    Me silêncio! E no silêncio a noite me ensina
    Me distancio do bando e me ponho como aluno
    Me vicio em hábitos noturnos
    E a cólica renal vem cobrar caro por pagar o néctar que consumo

    Garçom, mais estresse em dose dupla nos negócios
    Pra eu ser posto em questão quando em família
    Que eu faço o que posso pra que gaste em mais trabalho o tempo dado pro ócio
    Atrás de versos soterrados vivos sem nem achar um fóssil

    Meus olhos tão miúdos e fechados
    Que em uma charge seriam apenas riscos
    Em excursão from Baker Street do meu bairro arrisco
    Enquanto vivenciam se viciam em riscos
    Canas se viciam em confiscos e deixar rostos em chapiscos

    É, não gosto nem de lembrar
    O fato de ser testado quando já estou a me testar
    E eu vou te relembrar do que foi dito a todo instante
    Por você e por todos, sobre ser ou não relevante

    Na madruga a revolta continua
    Na madruga o sistema continua

    São perdas e ganhos que me vem em sonho
    Em madruga em sentido de alerta me ponho!

    Na madruga a revolta continua
    Na madruga o sistema continua

    E não vem o sono mano!

    Letra na folha de trás da rima de ontem
    Me contém dentro dos nervos de quem eu mesmo pude enfrentar
    E quem vem tentar guiar
    Sou Castro de Aguiar, mas não fácil de enganar

    Na noite eu faço meu abrigo
    Vão e vem amigos, laços atam, desatam, quebram tetos de vidro
    Alguns se vão por taras, outros se vão por tiros
    Madruga nunca falha com seus filhos

    De longe eu vejo ali champagne e ofurô
    De perto eu vejo lá chumbo e defumador
    Ando pela sombra sim senhor
    Sempre defendendo meu setor

    Ta tudo nos conformes, a rua já ta deserta
    Me sinto a vontade por onde for caminhar
    Já tá tudo na mente junto com os meus segredos
    Decifrando medos pra não se atrasar

    Na madruga a revolta continua
    Na madruga o sistema continua

    São frases, são fases
    Ser, não ser idôneo
    Desejos de rima no ar eu me ponho

    Na madruga a revolta continua
    Na madruga o sistema continua

    Enquanto componho

    Último trago, que isso já até penso em parar
    Um calafrio sinistro e o vício insiste em gritar
    Mas já não me aguento mais não me ausento mais
    Gatuno pela penumbra buscando um ponto de paz

    Sinto que sou meu pior inimigo
    Não é a vida que escolho, e sim fui escolhido
    São muitos cheios de si, outros tantos tão só
    Pernoite não é playground, cuidado ao andar só

    Tantos rostos se passam, poucos pra mim relevantes
    São familiares só não difiro semblantes
    Nessas horas que até minha sombra me assombra
    Garoa gélida, minha companheira é a insonia

    Se desmascara a de quem luta sem garra
    Permanecem por aqui só quem nunca se cala
    Nessa profissão perigo na senóide me equilibro
    Contra anjos e demônios sem dormir me sinto vivo

    Na madruga revolta continua
    Na madruga sistema continua

    São medos, segredos que vou decifrando
    Avante minha sede se acumulando

    Na madruga revolta continua
    Na madruga sistema continua

    Acordado em meu sonho!


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