Antigamente
César Oliveira e Rogério Melo
Antigamente meus olhos eram outros, de verem coisas que não se vê mais,
Fio de bigode, lealdade nas palavras que se cambiaram pros campos do nunca mais
Antigamente as casa eram grandes, bem vestidas de alvuras brancas
Arrodeadas de jardins e arvoredos, habitadas de aconchego e gente franca
Antigamente eram outras as estradas de conduzirem as canções dos carreteiros
E as noites quinchas estreladas nas pousadas destes rudes viageiros
Antigamente a vida era assim: tão simples, pessoas e fatos
Pena que este tempo envelheceu, amarelando na moldura dos retratos
Pena que este tempo envelheceu, amarelando na moldura dos retratos
Antigamente se fala de potreadas, do tempo, das soaleiras, do rigor
Das luas, de castrar e de enfrenar, serviço bruto pro laço e o tirador
Antigamente se proseava de romances, de peleias, de causos, de assombração
De jujos pra curar todos os males, a não ser aqueles do coração
Antigamente eram outras as estradas de conduzirem as canções dos carreteiros
E as noites quinchas estreladas nas pousadas destes rudes viageiros
Antigamente a vida era assim: tão simples, pessoas e fatos
Pena que este tempo envelheceu, amarelando na moldura dos retratos
Antigamente a vida era assim: tão simples, pessoas e fatos
Pena que este tempo envelheceu, amarelando na moldura dos retratos
Pena que este tempo envelheceu, amarelando na moldura dos retratos
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