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Arremate da Vida

César Passarinho

Letra

    Esta lágrima insistente
    Abre surros no meu rosto
    Da salmoura sinto gosto
    E despacito compreendo
    Que a própria alma escorrendo
    Do fundo desta vertente
    Vai levar junto o vivente
    Que vai aos poucos morrendo

    Já me serviu de disfarce
    Muitas vezes nos galpões
    A fumaça dos tições
    Para as mágoas que carrego
    E se meus olhos esfrego
    Não quis que ninguém notasse
    Pela umidade da face
    Que pouco a pouco me entrego

    (Se há um resto de coragem
    O corpo não obedece
    O sol já não mais aquece
    A carcaça dolorida
    E se a mente convida
    Para um último reponte
    Reparo que o horizonte
    Está mais longe que a vida.)

    A solidão garroteia
    Quem só tem por companheira
    A saudade caborteira
    O cusco, o mate e o pito
    (E se prepara solito
    Pra empeçar a cavalgadas
    Rumo a última morada
    Lá na estância do infinito.)


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