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O Emigrante

Charles Aznavour

L'Émigrant

Toutes les gares se ressemblent
Et tous les ports crèvent d'ennui
Toutes les routes se rassemblent
Pour mener vers l'infini
Dans la cohue de l'existence
Se trouve toujours un passant
Qui n'a pas eu de ligne de chance
Et qui devint un émigrant

Regarde-le comme il promène
Son coeur au-delà des saisons
Il traverse des murs de haine
Des gouffres d'incompréhension
A chaque nouvelle frontière
Espérant enfin se fixer
Il fait une courte prière
Vers ce ciel qui l'a oublié

Regarde-le, il déambule
Sans jamais savoir ou il va
Il marche comme un somnambule
Et les gens le montrent du doigt
Le monde entier file la haine
Le ciel là-haut n'y comprend rien
Les heureux forment une chaîne
En se tenant par la main
Pas moyen d'enter dans la danse
Le calendrier a son clan
Si tu n'a pas de ligne de chance
Tu resteras un émigrant

Regarde-le comme il promène
Son coeur au-delà des saisons
Il traverse des murs de haine
Des gouffres d'incompréhension
A chaque nouvelle frontière
Espérant enfin se fixer
Il fait une courte prière
Vers ce ciel qui l'a oublié

Regarde-le, il déambule
Sans jamais savoir ou il va
Il marche comme un somnambule
Et les gens le montrent du doigt
Mais pour écouter sa misère
Le ciel un jour le fait tomber
Les bras en croix, face contre terre
Pour embrasser la liberté

O Emigrante

Todas as estações são iguais
E todos os portos estão entediados
Todas as estradas se juntam
Para levar ao infinito
Na confusão da existência
Sempre tem um transeunte
Que não teve uma linha de sorte
E que se tornou um emigrante

Olha como ele leva
Seu coração além das estações
Ele atravessa muros de ódio
E abismos de incompreensão
A cada nova fronteira
Esperando finalmente se estabelecer
Ele faz uma curta oração
Para esse céu que o esqueceu

Olha como ele anda
Sem nunca saber pra onde vai
Ele caminha como um sonâmbulo
E as pessoas o apontam com o dedo
O mundo inteiro espalha ódio
O céu lá em cima não entende nada
Os felizes formam uma corrente
Se segurando pela mão
Sem chance de entrar na dança
O calendário tem seu clã
Se você não tem uma linha de sorte
Você vai continuar sendo um emigrante

Olha como ele leva
Seu coração além das estações
Ele atravessa muros de ódio
E abismos de incompreensão
A cada nova fronteira
Esperando finalmente se estabelecer
Ele faz uma curta oração
Para esse céu que o esqueceu

Olha como ele anda
Sem nunca saber pra onde vai
Ele caminha como um sonâmbulo
E as pessoas o apontam com o dedo
Mas para ouvir sua miséria
Um dia o céu o faz cair
Com os braços abertos, de cara no chão
Para abraçar a liberdade

Composição: Charles Aznavour