Kalaniot
Ha'erev ba,
shki'ah bahar yokedet
ani cholemet vero'ot einai:
hagayah na'arah k'tanah yoredet
uve'esh kalaniot lohet hagai.
Et haprachim litz'ror hi telaket lah
uvash'vilim hamitkasim batal
el Ima hi nech'pezet vekoret lah:
habiti mah heveti lach basal!
Kalaniot, kalaniot
kalaniot adam'damot adamoniot
Kalaniot, kalaniot
kalaniot metulalot cheinaniot.
Shki'ot bahar tiv'arnah vetid'achnah
aval kalaniot tamid tif'rachnah.
Sufot larov tehom'nah vetis'arnah
ach kalaniot tamid tiv'arnah.
Kalaniot...
Shanim ovrot, shuv hashki'ah yokedet.
Hana'arah gadlah, y'fatah bli dai.
Hi el hagai im bechir libah yoredet
veshuv kalaniot por'chot bagai.
Moshit eleiha bachir-libah yadaim
ve'hi tzocheket ut'lulah mital
elav locheshet bein haneshikotaim:
Hebet na mah asafti po basal!
Shvu'ot ha'ahavah hoi tish'kachnah,
aval tamid kalaniot tif'rachnah.
Ki hashvu'ot kalot k'mo ashan hen,
ach hakalaniot tamid otan hen.
Shanim avru, shki'ah bahar yokedet.
Hana'arah kvar savta, yedidai.
Hineh kvar nichdatah lagan yoredet
veshuv kalaniot porchot bagai.
Uch'shekoret hana'arah eleiha:
"habiti savta mah heveti lach,"
mitz'chok vedim'a zoharot eineiha
ve'hi zocheret shir mizmor nish'kach...
Ken, hadorot ba'im cholfim bli gemer
ach lechol dor yesh kalanit bezemer.
Ashrei ha'ish im bein sufot vara'am
parchah hakalanit lo, lu rak pa'am.
Calêndulas
Ao entardecer,
a sombra na montanha se acende.
Eu sonho e vejo com os olhos:
a jovem menina desce
com o fogo das calêndulas queimando o vale.
As flores para amarrar, ela as coleta
pelos caminhos que se escondem no campo.
Para a mãe, ela se esconde e a chama:
veja o que eu trouxe pra você, cebola!
Calêndulas, calêndulas,
calêndulas de cores vibrantes e intensas.
Calêndulas, calêndulas,
calêndulas que encantam e fascinam.
As sombras na montanha se tornam mais claras,
mas as calêndulas sempre florescerão.
As ondas da profundidade se agitam e se acalmam,
mas as calêndulas sempre florescerão.
Calêndulas...
Os anos passam, novamente a sombra se acende.
A jovem cresceu, linda sem fim.
Ela vai ao vale com o coração escolhido,
e novamente as calêndulas florescem no vale.
Ela se aproxima com as mãos do coração,
e ela ri e se alegra com o orvalho.
Para ele, não há sombra entre os beijos:
Veja o que eu trouxe pra você, cebola!
Os votos do amor, oh, não se esqueçam,
mas as calêndulas sempre florescerão.
Pois os votos são leves como fumaça, sim,
mas as calêndulas sempre são assim.
Os anos passaram, a sombra na montanha se acende.
A jovem já é avó, meu querido.
Olha, ela já desceu para o jardim,
e novamente as calêndulas florescem no vale.
E quando a jovem se aproxima:
"Olha, avó, o que eu trouxe pra você,"
elas riem e brilham em seus olhos,
e ela se lembra de uma canção que não se esquece...
Sim, as gerações vêm e vão sem fim,
mas para cada geração há uma calêndula na canção.
Abençoado é o homem que entre as ondas e a tempestade
não deixa a calêndula morrer, se ao menos uma vez.