Pobre Louco
CHEL
Onze anos se passaram
Desde que mataram
O Pobre Louco
Não morreu um MC
Mas sim ceifou um sonho
Daleste está vivo aqui
Nas memórias do povo
O assassino está solto
E o pior
O crime não foi solucionado
Pois quem morreu no palco
Era um menino favelado
Que com sofrimento e suor
Conquistou o seu espaço
Inquérito arquivado
Sem desvendar o culpado
Parece estranho
Mas estou acostumado
Vítima ser tachado
De culpado
Num país onde o certo é errado
A rima era a única peça
Na sua guerra
Por um futuro melhor
No meio da pobreza e dor
Tudo podia ter sido pior
Mas o caminho errado
Não foi a escolha do menor
Fama e dinheiro vieram rápido
Mas o destino traiçoeiro
Reservou um final trágico
A premonição do passado
Agora se torna real
Quando em cima do palco
Recebi um tiro covarde... Mas fatal
Deixando fãs pelo país
Inspiração pros moleque que tão aí
Salve ô Daleste
Ouça minha prece
Em forma de rima
E aí de cima
Nos dê proteção divina
Seu caminho foi tão pouco
Moleque teve um final trágico
Minha pergunta ao judiciário
Quem matou o Pobre Louco?



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