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Puerpério de Ódio

Cheol

Letra

    Vivendo de trágicas paixões
    Romances malditos
    Sob violenta contrações
    Espasmos, orgasmos e gritos
    Seu ventre foi concebido
    Com o fruto maldito
    E como em todas suas gestações
    Após esperar três estações
    Para banir sua mais nova semente
    Mais uma vez ela vai ao campo
    Alimentar os corvos
    Levando no ventre
    O fruto de suas lascivas
    Sua maldita semente

    Bela e só surgindo
    Já com uma criança no colo
    É a morte que surge rindo
    Risadas de expressões violentas
    Amante da carne sangrenta

    Com os olhos turvos pela cólera
    As mãos em sangue banhadas

    Odores fetais, que repugna, agora ela exala
    A boca salivante, como a de um cão raivoso
    Beija a criança dizendo:
    "Assim engole a espuma
    A do ódio que me envenena"

    Ela me encanta e fascina
    Como ave de rapina, crivando no pescoço
    Suas unhas assassinas !

    Com um beijo venenoso
    Um abraço mortal
    Ainda enterrando no dorso
    Um pequeno punhal

    "Assim engole a espuma
    A do ódio que me envenena"

    Sem amor horrendo destrói quem ama
    Sob violentas contrações ela drama:
    "Morra, morra infeliz que por mim aclama"


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